Amarraram as camisas
Esquentou o tempo no plenário da Assembleia. A confusão foi porque o Prefeito de Caucaia, Naumi, anulou uma licitação ou sei lá o que, com a Marquise que recolhia o lixo de lá. Pronto. Virou praça de guerra. De um lado deputado descendo a lenha na Marquise que tinha rolo aqui, ali e acolá. De outro lado deputado esculhambava o prefeito, não porque havia cortado o barato da Marquise, mas o teria feito para beneficiar duas empresas, do ramo, que teriam auxiliado na campanha de Naumi a prefeito de Caucaia. Foi um deus-nos-acuda; dedos em riste, cabelos assanhados, vozes rouquenhas, um horror, como diria Paes de Andrade. Pois bem: perigoso como sempre, Heitor Férrer pulou no estribo do bonde que pegou andando e na carona aproveitou pra esculhambar o TCM-Tribunal de Contas dos Municípios que ele, Heitor, quer porque quer acabar, como já o fez uma vez e empacou no STF. Cáustico, Heitor Férrer ouviu as partes, pediu um aparte e depois um tempo para falar por 15 minutos. Sabe como ele começou? – Escuto os prezados deputados falando das arrumações da Marquise com a Prefeitura de Caucaia. E fico aqui imaginando: onde estava o TCM? Onde estava a eficiência do TCM? Como o TCM não encontrou nada em oito anos de administração desastrosa de Caucaia. Para que serve o TCM se em oito anos não consegue detectar um simples contrato cheio de pecados entre a Marquise e a Prefeitura de Caucaia? Ora, ora, ora, disse Heitorzinho que de besta não tem nada. Foi nas águas dos outros deputados e lavou a burra dos seus interesses. Não sei quem ensinou que, ri melhor quem ri por último, mas sei quem descobriu que quem ri por ultimo é que não entendeu a piada mais cedo. Agora é Carnaval pessoal. Quinta-feira da semana que vem cês voltam e a gente vai saber mais sobre esse negocim à sombra.