O deputado Capitão Wagner (PR) vai liderar a oposição ao governo Camilo Santana na Assembleia Legislativa e disse aguardar novos parlamentares para ingressar no bloco. O vice-líder da bancada será Ely Aguiar (PSDC). Os nomes foram escolhidos após reunião dos parlamentares do PR, Solidariedade, PSDC e PSDB, siglas que integram a oposição na Casa.   “Não devemos ter uma oposição numerosa, porque na verdade nunca tivemos. O importante é que temos deputados oposicionistas dedicados e qualificados, que se posicionam bem na tribuna e nas comissões. Acho que nós vamos fazer uma boa oposição e vamos discutir muita coisa importante para o Estado”, frisou Wagner, acrescentando que o bloco tentará ocupar a maior quantidade de espaço nas comissões e, assim, fortalecer a oposição na Casa. Wagner ganhou força como nome de oposição após as eleições de 2016.   Além destes parlamentares, parte do PMDB permanece na oposição e também deve compor o bloco. O processo de escolha do presidente da Mesa Diretora para o biênio 2017­2018 dividiu o partido, visto que, já naquele momento, ele conseguiu o apoio de Audic Mota (PMDB) e Agenor Neto (PMDB), que passaram a figurar como nomes da base governista. Somando-­se aos dois, o deputado Tomaz Holanda, também do PMDB, votou junto com a base governista na matéria que tratava da extinção do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM).   O grupo aguarda, ainda, a sinalização do deputado Heitor Férrer (PSB). Ao jornal O Estado, Heitor negou que tenha se aproximado do bloco de situação e que manterá sua postura de cobrança ao governo Camilo. “Na grande maioria das vezes, eu tenho estado dentro do bloco de oposição. Na questão da PEC, não estivemos por uma questão político partidária”, disse ele, ressaltando que “divergimos pontualmente, mas estamos juntos na maioria das questões”.   Blocão Também são esperados na composição do bloco de oposição, os deputados Roberto Mesquita (PSD) e Odilon Aguiar (PMB). Ao jornal O Estado, Aguiar não descartou a possibilidade. Inclusive disse que os parlamentares dos dois partidos já conversaram com as lideranças de suas legendas e a maioria decidiu seguir em oposição ao governo Camilo Santana. Mas, embora supostamente haja o desejo por parte da maioria, o assunto deverá ser tema de uma reunião definitiva nos próximos dias, conforme adiantou Odilon. Odilon também falou sobre a união com o PMDB desenhada nos bastidores. “Nós, estamos conversando com o PMDB. Há um desejo de unirmos estes três partidos”, disse ele, ressaltando que já conversou com os deputados Danniel Oliveira e Leonardo Araújo, ambos do PMDB, sobre o assunto, mas a definição final deve ser tomada na próxima semana. Caso haja unidade, o grupo terá onze parlamentares e poderá ganhar destaque na composição das comissões técnicas, definidas pela proporcionalidade das legendas e blocos. Hoje, a maior bancada é a do PDT, com 13 deputados.   De volta A Assembleia Legislativa retomará as sessões ordinárias no dia 1º de fevereiro, com a posse da Mesa Diretora eleita para o biênio 2017/2018, que tem a seguinte composição: presidente Zezinho Albuquerque, 1º vice-presidente Tin Gomes, 2º vice-presidente Manoel Duca, 1º secretário Audic Mota, 2º secretário João Jaime, 3º secretário Julinho, 4ª secretária Augusta Brito e os suplentes Robério Monteiro (PDT), Ferreira Aragão (PDT) e Bruno Pedrosa (PP).