Desde que, há 126 anos fez o seu “début” na Prefeitura de Sobral, com Vicente César Ferreira Gomes, essa família tem sido intermitente, mas crescente presença na política daquela cidade. A partir de 1984, a atuação do clã saiu dos limites de Sobral, quando Ciro se tornou suplente de deputado, para em seguida chegar, sob as asas de Tasso Jereissati à Prefeitura de Fortaleza, e ao Governo do Estado em 1992. Nesses últimos 24 anos a História da Política do Estado tem registrado uma sequência de sucessos deles, após a ascensão de Cid, que governou por oito anos o estado, e de Ivo, que deixa a AL para governar a Princesa do Norte. Os triunfos de Camilo Santana e Roberto Cláudio são a eles, creditados. Em ambos os casos, a derrota desses candidatos chegou a ser tida como certa. O que não ocorreu. Nos últimos 20 dias, quando se imaginava que os filhos do Doutor José Euclides sofreriam duas derrotas de grande efeito negativo para 2018 – a eleição da presidência da AL e a votação da extinção do TCM – repetiram-se os resultados de um trabalho eficientemente coordenado. Com a política entrando em estado de quase hibernação, vêm à tona projeções sobre o futuro que espera os Ferreira Gomes e seu grupo. Usando o seu sagrado direito de especular, analistas e cientistas políticos chegam a um quase consenso: os “meninos” não podem passar sem mandato. Ciro, tendo à frente uma chusma de pré-candidatos “salpicados” da sujeira, na mira da Lava Jato, e um presidente da República na “corda bamba”, terá chances de chegar ao Planalto. Cid, em nome do fortalecimento do PDT, poderá “pedir licença” a Camilo e retornar ao Palácio da Abolição, se não houver um nome da confiança do grupo. Esses moços, dizem os seus críticos, vêm vencendo politicamente na base do “fazemos qualquer negócio”, trocando de partido quantas vezes sejam necessárias, com enorme talento para se desvencilhar de aliados, incluindo protetores políticos. Que o diga o senador Tasso e outros.   Retorno aplaudido A permanência do secretário Balhmann, das Relações Internacionais, não só vai garantir a manutenção do trabalho de atração de empresas estrangeiras ao Estado, como também permitirá a efetivação de Ariosto Holanda, a quem o ensino tecnológico do Ceará e do País muito devem.   Acertando Entre as mudanças no seu “staff”, o prefeito RC acerta, mantendo o titular do Planejamento, Orçamento e Gestão, Phelipe Nottinghan, responsável pelo equilíbrio financeiro da PMF.   “Superou” Referindo-se ao “pacote” estadual aumentando a contribuição previdenciária, o deputado Heitor Férrer (PSB), afirma que o governador Camilo consegue “ser mais Temer do que o próprio Temer”.   Mais Mais duas jogadas certeiras: as indicações de Adail Fontenelle para a SER do Centro e Alexandre Pereira para a Secretaria do Turismo, ambos em nível estadual, e dois “dínamos” no trabalho.   Baluarte Como relator, o deputado Danilo Forte (PSB) tornou possível a aprovação, pela Câmara de Deputados, do projeto que cria a Política de Erradicação da Fome e Função Social da Alimentação.   Sem desperdício Na visão de Danilo, essa medida poderá impedir o desperdício de milhares de toneladas de cereais, frutas e hortifrutigranjeiros, com que poderão ser salvos da fome 50 milhões de famintos.   Arranjo Com os vereadores Antonio Henrique, Evaldo Lima e Elpídio Nogueira secretários, fazem a festa os suplentes Carlos Mesquita (Pros), Doutor Eron (PP) e Eliana Gomes (PCdoB), todos aliados.   Assumindo Em Tianguá, o prefeito Luís Menezes, eleito com mais de 60% dos votos, teve a candidatura vetada pelo TSE, mas deverá assumir por meio de liminar, mesmo com dura batalha para continuar no poder.   Alívio Cumprindo o que havia prometido, ao assumir o BNDES, a presidente Sílvia Marques devolveu ao Tesouro Nacional R$ 100 bilhões, reduzindo pela metade o déficit fiscal, pelo menos de 2016.   Bem alimentados Pode-se dizer tudo, menos que os deputados extintores do TCM não foram bem alimentados. Na véspera, um lauto jantar para 33 parlamentares, com o governador Camilo. Após a votação outro, sem ele.   Ficam, mas… Segundo o presidente em exercício do PMDB, Gaudêncio Lucena, os deputados Agenor Neto e Audic Mota permanecerão no partido. Mas, no caso desse último, ele terá de explicar a sua infidelidade…