CID NÃO SOFRERÁ ATAQUE DE PETISTAS NA ASSEMBLEIA. E LUIZIANNE? TERÁ DEFESA?
O cenário para o Governo do Estado na Assembleia não muda praticamente nada com o fim da aliança municipal. Os deputados petistas deixaram evidente que não vão adotar qualquer postura que possa aparentar a mais sutil oposição. Dos cinco parlamentares do partido, quatro tiveram parcela considerável de suas votações por obra e graça do Palácio da Abolição. Camilo Santana saiu da Secretaria do Desenvolvimento Agrário para, na primeira campanha, tornar-se o deputado mais votado. Francisco Pinheiro ficou algumas vezes na suplência de vereador antes de virar vice-governador. Na sequência, conseguiu seu primeiro mandato na Assembleia. Nelson Martins, como líder do governo, perdeu parte de suas tradicionais bases, mas avançou em outros setores, também com apoio palaciano. Dedé Teixeira, suplente quatro anos antes, conseguiu o atual mandato em dobradinhas com o deputado federal José Guimarães, abençoadas pelos Ferreira Gomes. Hoje, os quatro estão mais próximos do grupo do governador que das tradicionais bases petistas. A exceção é Rachel Marques, que não foi eleita com suporte do Executivo. Mas seu marido, Ilário, negocia apoio do PSB à sua candidatura a prefeito de Quixadá. Ou seja, a bancada parlamentar do partido tem muito mais afinidade com Cid que com Luizianne. Nenhum deles dá qualquer sinal de que poderá adotar tom crítico. Nem Elmano de Freitas concorda com a ida, neste momento, para a oposição. A dúvida é se a bancada do partido ao menos defenderá a prefeita e o PT dos ataques que ficarão cada vez mais frequentes. Ontem, as críticas tiveram o silêncio como resposta. E foram feitas pelo líder do bloco do qual o PT faz parte, ao lado do PSB.