Camilo Santana destacou a independência da Assembleia Legislativa para debater e fazer sugestões às propostas enviadas pelo Executivo em tramitação
Roberto Cláudio (PDT) não chegou sozinho à cerimônia de diplomação dos eleitos na Capital. Além da família, entre os apoiadores que o acompanhavam ontem, estava o governador Camilo Santana (PT), que garantiu que o prefeito reeleito "vai continuar contando com todo o nosso apoio". Às vésperas do recesso parlamentar na Assembleia Legislativa, o petista também defendeu as propostas do Executivo que devem ser votadas pelos deputados estaduais nos próximos dias.
Como tem dito em recentes declarações públicas, Camilo argumentou que todos os projetos enviados à Assembleia são importantes para manter o equilíbrio do Ceará. Contradizendo críticas de parlamentares de oposição, os quais têm dito que há pouco tempo até o fim do ano para que seja possível debater profundamente as medidas propostas pelo Governo do Estado no Plano de Sustentabilidade para o Desenvolvimento do Ceará, o governador sustentou que o tempo até o recesso é suficiente. "Já está com quase 20 dias, 15 dias que mandei as mensagens. São poucas", disse.
Ele afirmou, ainda, que o Executivo está disposto a dialogar e abrir espaço para melhorias em todos os projetos que foram enviados. O que trata do reajuste da alíquota da contribuição previdenciária dos servidores estaduais, citou Camilo, já teria sido alterado após reivindicações, inclusive de parlamentares da base aliada. "Eu já negociei, já encaminhei outra mensagem à Assembleia. Primeiro, vai ser parcelado; e segundo, vai ter uma compensação para servidores no teto. Eu não tenho o número aqui, mas haverá uma compensação para os servidores", explicou.
O governador também pontuou que o pacote de medidas propostas pelo Governo do Estado é "completamente diferente" do anunciado recentemente pelo Governo Federal. "O nosso é uma emenda constitucional visando o crescimento do Estado do Ceará. O Governo Federal limitou o gasto de investimentos. Os investimentos estão todos fora do limite de teto de gastos do Estado. Depois, nós deixamos fora tanto o limite de Educação como Saúde, ao contrário da emenda do governo federal", comparou o petista.
Segundo Camilo, não houve pressão do Governo Federal para a tomada das medidas, mas há, disse ele, "uma pactuação dos estados de que algumas medidas são necessárias, até para a gente ter o aval da União em relação a alguns empréstimos que os Estados fazem".