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Agente penitenciário foi morto a mando de líder do Comando Vermelho - QR Code Friendly
Terça, 13 Dezembro 2016 04:50

Agente penitenciário foi morto a mando de líder do Comando Vermelho

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Partiu de um presidiário a ordem para que o agente penitenciário Reginaldo Soares da Silva, de 35 anos, fosse executado a tiros, na noite do último dia 25 de novembro, no bairro Bom Jardim, em Fortaleza. Conforme investigação da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), traficantes acreditavam que Reginaldo estaria denunciando criminosos da área, motivo pelo qual foi surpreendido e covardemente morto. O agente sofreu 29 tiros — a maioria pelas costas.        A execução, porém, só ocorreu após a autorização de um homem apontado como chefe do tráfico de drogas na região, que é um dos líderes da facção criminosa Comando Vermelho (CV) no Ceará. O suspeito, que não teve a identidade revelada, cumpre pena na Penitenciária Francisco Hélio Viana de Araújo, em Pacatuba, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).     Conforme o delegado Fábio Torres, o suspeito tem o poder de “determinar” as execuções de dentro da unidade. Do lado de fora, as ações seriam realizadas por João Gabriel Mendes Paiva, 21, o Marreta, considerado o braço direito do suposto líder.     Prisões   O grupo foi investigado por uma força-tarefa da DHPP, que incluía, além de Torres, a titular da unidade, Socorro Portela, e o diretor-adjunto, George Monteiro. Na última sexta-feira, 9, Gabriel e outras duas pessoas ligadas ao mandante, e que teriam participado do crime, foram presas. As informações foram apresentadas ontem, em  entrevista coletiva.   Os três presos tinham mandados de prisão em aberto e foram identificados após a apreensão de um adolescente de 15 anos, há uma semana. O jovem teria confessado que colaborou com o crime, mas negou ter atirado em Reginaldo. A investigação aponta, porém, que o adolescente é um dos autores dos disparos. Durante a ação, inclusive, ele teria atingido o próprio pé ao manusear a pistola do agente, que foi levada após o crime. O outro atirador ainda não foi identificado.   Socorro Portela explicou que o caso foi tipificado como homicídio e não latrocínio, pois a intenção era matar Reginaldo e não roubá-lo. “Estamos tentando identificar quem são as outras pessoas que participaram do crime”.     Os presos (Diego da Silva Ferraz, 19, o Diego Maguim; João Gabriel Mendes Paiva, 21, o Marreta, que já respondeu por porte ilegal de arma de fogo; e Anderson Welson Conceição Siridó, 19, o Pirambu, com passagem por roubo e porte ilegal de arma) teriam preparado a emboscada. Escondidos em um matagal, eles teriam alertado os atiradores sobre o exato momento em que o agente chegava em casa.    Reginaldo era agente penitenciário desde 2011 e integrava há dois anos o Grupo de Apoio Penitenciário (GAP), que atua no controle de distúrbios nas unidades prisionais. O delegado George Monteiro, disse, porém, que são “remotas” as possibilidades de que o crime esteja ligado à atividade profissional da vítima. Socorro Portela também enfatizou que “nada maculava a conduta do agente”, descartando outras possibilidades para o crime. O inquérito, contudo,  continua em aberto.       Números       29 tiros atingiram o agente penitenciário Reginaldo       Saiba mais     Também partiu do presídio de Pacatuba a ordem para que um automóvel com 13 quilos de explosivos fosse deixado na rua lateral da Assembleia Legislativa (AL) do Ceará, no Dionísio Torres, em abril deste ano, numa retaliação à legislação que objetivava a instalação de bloqueadores de celulares nos presídios do Estado.
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