PT não quer destruir aliança
Cid Gomes interferiu nos acontecimentos com a marcha do adeus, mas a agonia não terminou. A aliança PSB-PT continuará normalmente como se nada tivesse acontecido, em nome de compromissos maiores dos dois partidos. A briga foi na cozinha, mas no restante da casa a parceria terá sequência onde os interesses partidários convergirem na essência e nos candidatos às eleições municipais, em defesa de uma bem administrada convivência no Estado. É assim que avalia os fatos o deputado Dedé Teixeira, porta-voz do deputado José Nobre Guimarães que acompanhou passo a passo todas as gestões conciliatórias ao lado do presidente Rui Falcão. - “Houve uma discordância em torno do candidato, mas nada capaz de destruir o que construímos juntos”. O impacto de uma ruptura será aliviado, transferindo-se para outra oportunidade qualquer consequência danosa ao organismo estadual. Não é interesse do governador romper com o Planalto. Sai Luizianne e entra em cena a eminência parda do PT exercitando o seu papel de bombeiro para salvar as aparências. A banda fisiológica do partido não admite perdas e deseja, ardorosamente, a continuidade da aliança para manter cargos no safuta governamental. Dedé Teixeira reconhece como legítimo o direito do PSB lançar o seu candidato à sucessão em Fortaleza, e afirma que isso não impedirá, mais tarde, que o governador dê o seu apoio ao candidato petista num eventual segundo turno, mesmo que se trate de Elmano de Freitas, fazendo prevalecer a tese juramentada de que a aliança persistirá a qualquer custo pela vontade dos que mandam. A banda aliada do PT acredita ser possível ao governador aceitar a derrota da queda de braço com Luizianne Lins em nome do espírito de conciliação e transigência que tem demonstrado ao longo dos anos de marcha juntos. Estaria assim o governador Cid Gomes pronto para reivindicar o máximo se aceitar o possível para evitar o rompimento de uma aliança que tem se mostrado nefasta aos objetivos do seu partido. Mas é um preço alto para ajustar a engrenagem que move a roda do poder estadual.
• De volta. Nos próximos trinta dias, todos os petistas que voltaram à AL e os que saíram dos seus cargos, deverão estar de volta ao 1o escalão do governo. Era o que se dizia, ontem, nos bastidores do Legislativo.
• Em ação. Comentava-se, ontem, que o deputado Roberto Cláudio, presidente da Assembleia Legislativa, teria mantido, em São Paulo, contatos com marketeiros políticos, tendo vista a possibilidade de ser ele o nome indicado pelo PSB à sucessão da prefeita Luizianne Lins.
• Distância. Para o deputado Fernando Hugo (PSDB), o PT, para o bem do Banco do Nordeste, deveria se afastar daquela instituição, depois de todas as trapalhadas ali praticadas.
• Zoando...por aí, que o PV poderia ter um dos seus deputados – Roberto Mesquita ou Agostinho Moreira, como vice na chapa de Elmano de Freitas, do PT.