quinta, dia do pleito, os bastidores da sucessão na Assembleia fervilharão como há muito tempo não acontece. É jogo de gente grande, não há espaço para amadores. Até porque, por trás de cada candidatura, há muito mais do que só o interesse de presidir a Casa - o que, por si só, já é muito - ou conquistar um espaço na Mesa Diretora. Há, dos dois lados, um olhar mais à frente, mais precisamente em 2018. Por trás de Sérgio Aguiar há Domingos Filho, futuro presidente do Tribunal de Contas dos Municípios, mas já com renúncia programada para voltar à vida partidária e disputar uma candidatura majoritária. E por trás de Zezinho Albuquerque há o desejo dos Ferreira Gomes de manter intacto o esquema de suporte aos objetivos do grupo - manter o governo do Estado, vagas no senado e a candidatura presidencial de Ciro Gomes.   Tem candidato   Camilo Santana não queria disputa. Sabe que deixará sequelas na sua base na Assembleia. Como não teve jeito, tomou partido. Reuniu todos os deputados da base, na residência oficial, e arrancou deles o compromisso com a chapa de Zezinho Albuquerque. Governador, dessa forma, coloca seu prestígio em jogo. Eventual derrota de seu candidato será sua, também. Da mesma forma que uma vitória será a ele creditada.   Movimento   PMDB se junta fechando questão em torno da candidatura de Sergio Aguiar. São seis votos - um deles de Leonardo Araújo, que ocupará a vaga do renunciante Carlomano Marques. Diz que tirará férias. Mas, nos bastidores o que se fala é que ele não quis se desgastar com a cúpula do PMDB e nem com Camilo. Em janeiro ele assume a Prefeitura de Pacatuba.   Dinâmica   Força da circunstância política une dois tradicionais adversários da região Norte. Gony Arruda (PSD) vai votar em Sérgio Aguiar. Já Heitor Férrer (PSB), crítico contumaz do governo Camilo, votará em Zezinho Albuquerque. Alega que o faz para honrar a palavra empenhada. Há, ainda, um não-voto definido. Renato Roseno (PSOL) já confirmou que vai se abster.   Tem mais...   Nesta quarta tem audiência pública no plenário da Assembleia para debater o direito à tradicionalidade da vaquejada. Iniciativa do deputado Danniel Oliveira (PMDB).   Audiência terá a participação do vice-presidente da Associação Brasileira de Vaquejada, Marcos Lima, e representantes de órgãos ligados à prática, além de vaqueiros e trabalhadores dos eventos de vaquejada em todo o Ceará.   Além de Camilo, Zezinho Albuquerque conta com o poder de articulação de Cid Gomes, que tem se mostrado especialista na arte de resolver eleições complicadas.