Deputado Carlos Felipe reconhece ser necessário medidas enérgicas para conter a crise financeira nacional
Em discurso ontem na Assembleia Legislativa o deputado Carlos Felipe (PCdoB) defendeu que seja feito País afora um amplo debate para o que chamou de "assunto crítico", que é a necessidade de ajuste fiscal em função da grave crise financeira que compromete a economia. "É o terceiro ano de crise, com indústrias em recessão, associada a outras crises como a política e a hídrica, fazendo que seja preciso tomar medidas de controle fiscal dos gastos", analisou.
O deputado disse concordar que as casas legislativas têm que dar exemplos no que se refere a cortar gastos. "Se não damos aumento para servidores do Estado, certamente os deputados devem dar exemplo e não dar aumento ao legislativo. É questão de coerência, pois não faz sentido que determinados setores como a Justiça, ou Legislativo sejam contemplados, e outros não", disse.
O parlamentar avaliou que o Ceará não estaria dando sequer a reposição de inflação aos servidores. "Entendemos que o Governo estadual faz um esforço fiscal para corrigir distorções, como fez com os policiais, contratou professores e corrigiu o piso dos agentes de saúde. Teve ainda a insalubridade de técnicos de enfermagem. São medidas importantes", classificou.
Assegurando não estar mudando de opinião, Carlos Felipe apontou que a PEC 241, aprovada pela Câmara, de forma coerente, teria suas virtudes e ações que precisam ser feitas. "Mas na Saúde não deve haver redução de recursos. A estimativa é que a nossa população idosa cresça em pelo menos 20 milhões a mais nos próximos anos. Essas pessoas vão precisar da saúde pública, por isso não deve ser congelado o investimento nesta área", relatou.
De acordo com a avaliação do parlamentar, se aprovada no Senado, a PEC 241, que nesta Casa do Congresso Nacional recebeu o número 55, nos próximos anos as demandas da Saúde em todos os estados brasileiros serão muito mais evidentes que as da Educação. "Porém, não há como negar que ambos os setores, sofrerão com os cortes. É importante que sejam apontadas outras áreas onde os gastos podem ser contidos sem que haja tanto prejuízo aos brasileiros".