Ontem, militantes da candidatura de Roberto Cláudio (PDT) empunhavam faixas e bandeiras em cruzamento no bairro Aldeota
( Fotos: Eduardo Queiroz )
Se durante a campanha para o primeiro turno as cores do candidato a prefeito Roberto Cláudio (PDT) predominaram nos cruzamentos mais movimentados da Capital, na reta final do segundo turno a militância do Capitão Wagner (PR) vem ganhando mais espaço nas ruas do que no começo da campanha eleitoral.
A semana começou diferente nas vias públicas. Na manhã de ontem, havia militantes com bandeiras em prol da candidatura de Capitão Wagner em alguns dos principais cruzamentos da cidade. À noite, a maior parte dos apoiadores se reuniu no bairro Itaoca para acompanhar uma caminhada do postulante do PR.
Segundo Vanessa Sena, coordenadora da militância do Capitão Wagner, o número de militantes remunerados não aumentou neste segundo turno. "Temos 100 militantes remunerados, 50 pela manhã e 50 à tarde", afirma. A maior visibilidade seria pelos ativistas voluntários que têm ajudado na campanha.
É o caso de Rosângela Rodrigues, 21 anos. Ela conta que se ofereceu para trabalhar e, desde a semana passada, atua de 14h às 21h, segurando bandeiras em diferentes bairros. Ativistas contratados antes também seguem na segunda etapa da disputa. "Ganho mais ou menos um salário, mas tem gente que trabalha como voluntária", diz Jaqueline Silva Pires, 34 anos.
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Na televisão, Capitão Wagner também busca fortalecer a campanha. Ontem, no horário eleitoral, ele exibiu depoimento do senador Tasso Jereissati (PSDB), que não havia atuado diretamente na disputa até então. "Queremos um Estado mais eficiente, e mais eficiente significa uma visão que o Capitão Wagner traz de reformulação da maneira de fazer administração pública".
O postulante do PR também não poupou críticas a Roberto Cláudio, apontando promessas que não teriam sido cumpridas no atual mandato, especialmente na área da saúde. Só depois Wagner repetiu algumas de suas propostas no mesmo tema.
Já o pedetista iniciou o programa respondendo a acusações de propaganda anterior de Wagner, que o acusou de mentir em inserção. Advogados da chapa do atual prefeito obtiveram, no domingo, liminar que determinava a suspensão do vídeo, mas, ontem, Roberto Cláudio quis "prestar um esclarecimento".
Wagner havia dito que o prefeito teria mostrado a Central de Medicamentos da Prefeitura em um prédio que, na verdade, seria do Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH). Roberto Cláudio explicou que a Central funciona em um galpão do ISGH. "Aqui estão estocados 23 milhões de medicamentos, todos pertencentes à Prefeitura de Fortaleza", ressaltou. Ele também reafirmou propostas para saúde, transporte e habitação.