Tin Gomes, que disputou a Prefeitura de Fortaleza pelo PHS, oficializou o seu apoio ao candidato Roberto Cláudio, ontem, na Assembleia Legislativa, ao lado do presidente do PMN, e dos presidentes da AL e Câmara Municipal
( FOTO: JOSÉ LEOMAR )
Candidato à reeleição em Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT) já tem garantido o apoio de três legendas e aguarda resultado das conversas com outros partidos no decorrer da semana. Na manhã de ontem, na Assembleia Legislativa, PHS e PMN confirmaram apoio ao prefeito neste segundo turno. Dirigentes da Rede Sustentabilidade também já acertaram votar com ele.
>Wagner espera PSB e PRB, enquanto petista se antecipa
"Estou tendo o privilégio de ter um reencontro político com essas lideranças partidárias que estão dando privilégio a mim e ao Moroni, de se incorporarem a essa campanha", agradeceu Roberto Cláudio, na manhã de ontem, ao deputado Tin Gomes e ao presidente do PNM, nas presenças de deputados estaduais e vereadores, dentre eles os presidentes da Assembleia e da Câmara Municipal, Zezinho Albuquerque (PDT) e Salmito Filho (PDT), que compareceram para prestigiar a união entre as siglas.
Segundo Tin Gomes, o que motivou seu ingresso na campanha de Roberto Cláudio foi o fato de ele incorporar uma de suas propostas no plano de governo, que consiste em garantir àqueles estudantes que não estejam em escolas em tempo integral um segundo momento para o desenvolvimento educacional, utilizando-se de equipamentos da própria Prefeitura, como Areninhas, praças públicas, CUCAs e Centro Sociais Urbanos (CSUs). "A sua ideia é nossa ideia e quem votou 31 e acredita em sua mensagem, peço para votar 12", disse Roberto Cláudio, ao aceitar as propostas.
Presente e futuro
O prefeito disse ainda que após o resultado do primeiro turno se surpreendeu com os números, ressaltando que neste segundo turno tem como meta conversar com eleitores de todos os outros candidatos, buscando fazer uma campanha de alto nível, falando do presente e futuro da Capital cearense. Em diversos momentos da entrevista, Roberto Cláudio enfatizou que a discussão deve se dar em nível municipal, e não estadual ou nacional.
Para justificar os apoios recebidos, ele ressaltou que uma cidade diversa e ampla como Fortaleza não pode ser governada sem apoio, visto que as pessoas agregam pensamentos e ideias. Por isso, ressaltou que vai sentar com todos os partidos apoiadores de sua candidatura no segundo turno para aderir as principais propostas de outros postulantes ao seu plano de governo.
O pedetista chamou de "especulações" qualquer notícia antecipada sobre apoio do PT à sua candidatura, salientando que nenhuma conversa ocorreu entre a sigla petista e o PDT ou entre seus assessores de campanha e o partido da candidata derrotada Luizianne Lins.
Segundo ele, a única conversa que teve foi com o governador do Estado, Camilo Santana, que desde o primeiro momento demonstrou apoio à sua postulação. No segundo turno, tanto Cid e Ciro Gomes devem aparecer com mais frequência na campanha de Roberto Cláudio, como também o chefe do Poder Executivo Estadual.
REDE
"Eu não vou comentar especulações. Há uma dinâmica própria do PT, e não houve conversa formal ou informal", disse. O prefeito afirmou que há diálogo com outros partidos, destacando que a REDE manifestou indicativo de apoio à sua candidatura, e o então candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada por Heitor Férrer (PSB), o presidente da REDE, Dimas Oliveira, confirmou o apoio. "Vamos aguardar que ele chame para um ato de anúncio, e também queremos incorporar algumas ideias da REDE ao nosso plano".
Sobre a campanha, Roberto Cláudio afirmou esperar um debate sobre a cidade, visto que "aqui e acolá tentam nacionalizar o debate e isso não é de interesse da cidade de Fortaleza", apontou. Ele destacou ainda que no primeiro turno tinha apenas três minutos para fazer a campanha na televisão, e agora terá 10 minutos à tarde e 10 minutos à noite. "O debate permitirá mais discussão sobre as biografias, o que foi feito no passado e ideias para o futuro".
Roberto Cláudio também demonstrou preocupação com uma possível militância da Polícia Militar (PM) no segundo turno, o que teria motivado a solicitação, pelo Tribunal Regional Eleitoral, de agentes da Polícia Federal no dia do pleito, 30 de outubro. Segundo ele, atos "muito graves" ocorreram no primeiro turno, dentre eles um envolvendo o ex-senador e secretário Inácio Arruda, do PCdoB.