Assim como no resto do País, o resultado do primeiro turno das eleições em Fortaleza mostrou o quanto o PT perdeu força dentro do eleitorado. Entretanto, não deixa ainda de ser uma parcela significativa da população - 193,6 mil votos -, e que será decisiva na definição do novo prefeito de Fortaleza. Resta saber que postura terá a candidata derrotada Luizianne Lins na nova etapa da disputa. Apoiará Roberto Cláudio (PDT), mesmo depois das duras críticas que fez durante todo o mandato do gestor e da mágoa que nutre em relação aos Ferreira Gomes? Ficará ao lado de Capitão Wagner (PR) após todos os questionamentos referentes à proposta de armamento da Guarda Municipal e ao discurso de exploração do medo, colocando sua própria trajetória em xeque? A maior probabilidade é que fique neutra, deixando seus apoiadores livres para escolher seu novo prefeiturável. Caberá então a RC e a Capitão Wagner definir a melhor estratégia para atrair esse eleitorado que se manteve fiel ao PT e que não se identifica com nenhuma das opções que se apresentam no 2º turno.
Heitor Férrer (PSB), por sua vez, terá o mesmo dilema de Luizianne. Foi obrigado a deixar o PDT após a chegada de Ciro, Cid, RC e companhia, não escondendo a grande decepção por ter sido menosprezado pelas lideranças da sigla. Assim como também discordou das principais ideias apresentadas por Capitão Wagner durante a campanha. Optará pela neutralidade? Ou irá preferir enfrentar constrangimentos? São dúvidas que deverão ser respondidas muito em breve, ajudando a desenhar os rumos da sucessão na Capital.