Os temas da campanha
Saúde, educação, trânsito e segurança foram os temas que dominaram o debate entre candidatos a prefeito, realizado domingo na TV O POVO. O prefeito Roberto Cláudio (PDT) foi o alvo, como é previsível e deverá ocorrer sempre com quem está no cargo almejado por todos e, além do mais, lidera as pesquisas. Dessa vez, porém, houve diferenças em relação a debates anteriores.
Capitão Wagner (PR), que adotara postura mais serena em outras oportunidades, subiu alguns graus o seu tom. Sem deixar o tom monocórdio e inalterável mesmo nos embates mais duros. Luizianne Lins (PT) manteve o tom incisivo, apenas calibrando ligeiramente a agressividade. Heitor Férrer (PSB) foi cordial na maior parte do tempo. Chegou a elogiar, no geral, as ações do prefeito. Mas bateu bastante duro na saúde e no que considera “indústria da multa”.
Ronaldo Martins (PRB) também deu suas estocadas ao bater no discutido Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH) e ao apontar como equivocada a construção do anexo do Instituto José Frota (IJF).
RC X WAGNER
Com Wagner, o prefeito teve um primeiro embate sobre a área de cultura. Roberto Cláudio pareceu apostar que o capitão da Polícia não estaria preparado para abordar o tema, mas o candidato do PR demonstrou ter elementos para discutir o assunto. Ainda que sempre restringindo sua importância ao fator gerador de emprego e renda. Mas Wagner deixou o prefeito contra a parede ao tratar do investimento feito em cultura, da demora em reformar o Teatro São José e da ocupação da Secretaria da Cultura pelos artistas.
Também foi quente entre eles a discussão sobre segurança. Wagner retomou a questão de armar a Guarda Municipal, tema sobre o qual a Prefeitura não diz nem que sim nem que não. E questionou o concurso para agentes. Eram prometidos dois mil, mas, segundo Wagner, nem mil foram chamados. A polêmica matemática foi um dos pontos de divergência entre eles. Foi então que Roberto Cláudio assumiu postura mais incisiva em relação aos adversários. Usou uma dos argumentos que deve acionar contra Wagner: a falta de experiência administrativa. Afirmou que o adversário é “bom de cobrar”, mas desconhece a realidade de governar.