A mensagem do projeto nº 8.034, que cria a Delegacia de Combate ao Crime Organizado (Draco), do governador do Estado, Camilo Santana (PT), chegou ontem à Assembleia Legislativa. O governador solicitou que o trâmite aconteça em regime de urgência.
Conforme a mensagem, com o projeto, o governo pretender implantar ações na Segurança Pública, com transformações e reformas na atividade policial judiciária. “Atualmente, vivenciamos ações criminosas estruturadas e organizadas com divisão de tarefas, fator que reflete um nível de organização considerável, reclamando do Estado uma resposta qualificada a essas empreitadas criminosas”, diz o texto da mensagem enviada à AL.
O projeto quer recompor a estrutura organizacional da Polícia Civil e proporcionar meios de valorização da instituição e dos policiais civis, com modernização e especialização. Serão criados cargos comissionados e a delegacia deve apurar delitos tipificados na Lei de Organização Criminosa (12.850/13).
Ataques
A proposta de se construir uma delegacia especializada no crime organizado surgiu após ataques a delegacias na Capital e Região Metropolitana, que acontecem desde o mês de março. Os ataques começaram após ser aprovada a lei que obriga operadoras de telefonia a instalar bloqueadores em presídios do Ceará.
Também foi alvo de atentados o prédio da Secretaria da Justiça e Cidadania (Sejus), em março, e um carro com explosivos foi deixado ao lado da AL, no mês de abril.
Entre as ações para inibir as ações do crime organizado, uma foi a troca de portões de vidro pelos de aço nas unidades da Polícia Civil. E, após as ações, a Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) prendeu 32 pessoas em uma reunião do Primeiro Comando da Capital (PCC), em
Maracanaú (RMF).