Para o deputado estadual José Sarto (PDT), os vereadores foram determinantes na eleição de 2012 e devem ter papel fundamental neste pleito
( Foto: Helosa Araújo )
Os candidatos a vereador, nas eleições deste ano, serão coadjuvantes das candidaturas majoritárias e terão impacto direto no desempenho dos postulantes à Prefeitura de Fortaleza. O atual prefeito da cidade, Roberto Cláudio, que tenta reeleição, parte na frente, pois, além de ter mais de 600 aspirantes a vereador pedindo votos para sua candidatura, tem a favor a maioria dos atuais legisladores da Câmara Municipal, que também concorrem a uma das 43 vagas na Casa.
Dos mais de 1100 postulantes no pleito deste ano, pelo menos 610 são favoráveis à candidatura de Roberto Cláudio. A segunda maior coligação apoia o deputado estadual Capitão Wagner (PR), e conta com 175 candidatos ao Legislativo da Capital. Logo em seguida vêm os apoiadores de Tin Gomes (PHS), com 128 candidaturas, seguidos pelo PSOL, com 51 candidatos.
O PT, da ex-prefeita Luizianne Lins, só lançou 48 candidatos; o PRB, de Ronaldo Martins, 44 postulantes; e Heitor Férrer (PSB) conseguiu o apoio de 41. Francisco Gonzaga, do PSTU, é o que terá a menor quantidade de apoiadores que tentarão vaga na Câmara: somente seis.
No entanto, nem todos os aliados em determinada coligação farão campanha para seu candidato majoritário, caso, por exemplo, da candidata a vereadora pelo PMDB, Luiza Lins, que tem pedido votos para a filha, Luizianne, candidata do PT à Prefeitura. Luiza está em partido coligado com o PR, que tem como postulante ao Executivo Municipal Capitão Wagner. O candidato a vice-prefeito na chapa é, inclusive, Gaudêncio Lucena, vice-presidente do PMDB no Ceará.
Ao Diário do Nordeste, o candidato republicano disse apenas que "Luiza é mãe" e que não cobrará fidelidade dela no primeiro turno da campanha eleitoral. Segundo ele, por enquanto, não há preocupação com os "infieis" que possam surgir durante as eleições municipais.
O mesmo pode acontecer nas demais candidaturas. O prefeito tem a vantagem de ter a maioria dos candidatos à Câmara e daqueles que tentarão reeleição. Em 2012, apesar de ter um número grande de partidos apoiando seu pleito, Roberto Cláudio não tinha o apoio da maior parte dos vereadores da Casa, pois estes apoiavam Elmano de Freitas, à época postulante do PT.
Segundo turno
A vantagem no primeiro turno, porém, pode não se repetir no segundo. Isso porque, das centenas de candidatos a uma vaga na Câmara, somente 43 serão eleitos, e pode ocorrer de alguns se sentirem desprezados pelo candidato majoritário e migrarem para outra candidatura, fato que já ocorreu em outras disputas.
O deputado estadual José Sarto (PDT) lembrou que, em 2012, os vereadores votavam no outro candidato e não em Roberto Cláudio. Para ele, este foi um dos fatores que levaram Elmano ao segundo turno das eleições. "Tenho certeza que a periferia, onde se fez muito nesses últimos anos, e esses vereadores, terão papel fundamental no pleito".
Agenor Neto (PMDB), por outro lado, opinou que a influência da quantidade de candidatos proporcionais tem diminuído entre os eleitores. "As propostas e prioridades apresentadas terão mais influência do que o número de candidatos", sustentou.
Já Sérgio Aguiar (PDT) acredita que aquele que tiver o maior "exército" e melhor equipamento para a campanha conseguirá a vitória na eleição de outubro.