Integrantes da Mesa Diretora da Assembleia e do Colégio de Líderes decidiram, ontem, no fim do dia, que a partir da próxima semana, as sessões plenárias do Legislativo estadual só acontecerão durante dois dias da semana, terça e quarta-feiras, até o fim da disputa eleitoral deste ano, em outubro, para permitir que os deputados participem, como candidatos ou apoiadores, da disputa municipal nos diversos municípios do Estado.   Como tem ocorrido desde o retorno do recesso parlamentar, neste segundo semestre, ontem foi mais um dia de sessão esvaziada na Assembleia Legislativa. A baixa presença de deputados no Plenário 13 de Maio tem impossibilitado, inclusive, que projetos sejam colocados na pauta de votação. Na última quinta-feira (4) deveriam ter sido votados projetos importantes que ainda aguardam para serem apreciados.   Apatia   Ontem, embora os dois expedientes estivessem praticamente preenchidos, restando em branco apenas o 4º e 5º lugar do Segundo Expediente, poucos foram os discursos. A apatia refletia a baixa presença no Plenário.   Em diversas ocasiões, os parlamentares discursaram acompanhados apenas pelo deputado estadual que presidia a Mesa Diretora, posto que pelo regimento não pode ficar abandonado.   Logo na abertura, o primeiro e o segundo tempo estavam reservados para discursos dos deputados David Durand (PRB) e Danniel Oliveira (PMDB).   Durand cedeu o lugar para o líder do governo, Evandro Leitão (PDT), que já estava inscrito no terceiro tempo. Como na hora em que o presidente interino da Casa, Tin Gomes (PHS) iniciou a chamada para que a tribuna fosse ocupada, David Durand e Evandro não estavam no Plenário, os tempos foram cancelados. Na sequência, o terceiro lugar, que também estava reservado para o líder do governo, foi utilizado por Ferreira Aragão, que inicialmente ocuparia apenas o sexto tempo. Desta forma, o pedetista discursou por 30 minutos, falando sobre o potencial turístico do Ceará.   Manifestações nos Jogos   Depois de Ferreira, foi a vez de Carlos Felipe (PCdoB) se pronunciar. Acompanhado de poucos parlamentares, ele usou os quinze minutos de que tinha direito para destacar a premiação concedida a 16 municípios cearenses por práticas inovadoras e criticar a proibição de manifestações contra o governo interino nos locais onde acontecem as competições olímpicas.   Com o fim do tempo destinado ao comunista, Dra. Silvana (PMDB) rebateu Felipe, afirmando que a proibição se deve a uma lei assinada por Dilma Rousseff antes de ser afastada. Ela ainda teve tempo para defender o projeto Escola Sem Partido, que tramita na Assembleia. Silvana não estava inscrita, mas usou dos 15 minutos cedidos por Heitor Férrer (PSB), para quem o quinto tempo do Primeiro Expediente estava reservado.