Enquanto cada um dos principais personagens lembrados para a eleição municipal de Fortaleza, deste ano, disputam espaços na mídia, buscando afirmação no processo, no paralelo, os partidos e as lideranças agem, já na atualidade, mirando a disputa de 2018, quando haverá enfrentamento pelo Governo e duas vagas no Senado, além da corrida pela Presidência da República. Esse diagnóstico é repetido por aliados de Capitão Wagner (PR) e Roberto Cláudio (PDT).
Para conseguir o apoio do PSD à reeleição de RC, Cid Gomes (PDT) e Camilo Santana (PT) atuaram ao lado do ministro Gilberto Kassab (das Comunicações), presidente licenciado do PSD, neste xadrez político. Eles fecharam um acordo com um candidato a senador do PSD, que, segundo se especula, deve ser o ex-vice governador e atual conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), Domingos Filho, que sairia do órgão, em 2018, para a disputa. A campanha de RC também tem compromisso com a eleição de Ciro Gomes ao Palácio do Planalto.
A articulação ainda teve reflexo no interior cearense. Em Fortaleza, o PSD pleiteava a vaga de vice na chapa de Roberto Cláudio, mas o escolhido foi o democrata Moroni Torgan.
Oposição
Na outra frente, o PMDB, do senador Eunício Oliveira, também fez um movimento definitivo ao patrocinar a aliança entre sua legenda e o Capitão Wagner (PR). Nos bastidores, Eunício, que em 2018 encerra seu mandato de senador, deve disputar novamente o Governo do Estado do Ceará, com apoio do mesmo grupo político formado em 2014 e que, agora, está novamente reunido em torno do apoio a Wagner à Prefeitura de Fortaleza. Inclusive, os peemedebistas esperam eleger o máximo de prefeituras possível, visando a uma boa base para a disputa pelo Executivo.