Nicolle Barbosa, presidente do PSC-CE, afirmou que o pleito deste anos será um "grande balão de ensaio" devido ás mudanças na legislação
( Foto: Fernanda Siebra )
Apesar de já ter passado a fase de homologação de candidaturas, através das convenções partidárias, dirigentes políticos ainda demonstram receio quanto à legislação eleitoral vigente, visto que muitos pontos ainda são de total desconhecimento dos postulantes ao pleito deste ano.
A proibição do financiamento de pessoa jurídica, bem como a redução do tempo de campanha e impedimentos de participação em debates de determinadas siglas são alguns pontos criticados com relação ao pleito de 2016.
Nicolle Barbosa, presidente do PSC no Ceará, afirmou que o pleito deste anos será um "grande balão de ensaio" devido as novas regras.
"A grande preocupação agora é com a prestação de contas. Esse ano a Justiça será mais rígida, e nossa maior preocupação é para que não tenhamos prejuízos".
'Cobaias'
O deputado estadual Tin Gomes, presidente do PHS, destacou que as regras são novas e não há como fazer algo com 100% de acerto. Segundo ele, os candidatos de 2016 são "a cobaia da vez". Segundo o dirigente, as questões relacionadas às doações de campanha serão modificadas nos próximos anos, prova disso foi a mudança realizada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no que diz respeito ao teto dos gastos de campanha.
Capitão Wagner, presidente municipal do PR e candidato a prefeito em Fortaleza, afirmou que desde o início das novas mudanças houve uma relação transparente com os candidatos da sigla no sentido de mostrar que a eleição seria diferente, com menos recursos e necessidade de maior motivação para trabalhar.
De acordo com ele, o partido vai procurar evitar a todo custo ser questionado pela Justiça, tentando não cometer os erros apresentados na legislação em vigor.
"A gente tem que cumprir as recomendações, mas é complicado para você passar para seus assessores, e principalmente, para a população".
Para o presidente estadual do PSDC, Ely Aguiar, a lei tem que ser cumprida ao pé da letra, e as pessoas têm obrigação de tomar conhecimento para saber que mudanças foram feitas. "A Justiça não pode ser flexível com a Lei. Mas defendemos que ela seja aplicada com igualdade".
Conforme Renato Roseno, do PSOL, a questão central da minirreforma política foi a proibição do financiamento empresarial, necessitando agora de uma campanha massiva contra o chamado caixa dois.