A escolha do deputado federal Moroni Torgan (DEM) para vice do candidato à reeleição Roberto Cláudio (PDT) faz parte de estratégia para tornar segurança pública uma marca de campanha. De acordo com o próprio prefeito, Moroni agrega no debate de “prevenção à violência”. Ele também afirma que o vice tem peso eleitoral por ter sido o deputado mais votado na Capital em 2014, com 190 mil votos.     “Vamos juntos com Moroni (para) integrar uma grande política de prevenção à violência. Há um papel que é do governo, das polícias, mas há um papel que é social, que também é da Prefeitura”, diz.     Apesar de material de divulgação de ambos já estar pronto, a chapa só se tornou oficial ontem, durante a convenção do PDT, no ginásio da Faculdade Ari de Sá. “Eu já vinha tentando o Moroni há um bom tempo, mas só pude oficializar hoje (ontem). Havia outros pré-candidatos de aliados. Tivemos que ter uma delicadeza para manter a base unida”, justificou o prefeito.     Roberto Cláudio destacou que sempre manteve boas relações com Moroni, mesmo enquanto adversários na campanha de 2012 à Prefeitura. Ele diz que o deputado poderá ajudá-lo em outros aspectos, não só na questão de prevenção à violência.     Já Moroni elogia a gestão do prefeito e explica porque decidiu deixar o cargo em Brasília para se tornar vice. “Vocês sabem que eu já tentei em ser prefeito de Fortaleza. Desta vez, eu não vou tentar, porque chegamos a conclusão de que tínhamos um dos melhores prefeitos do Brasil”, afirma.     A chegada de Moroni a chapa preenche uma lacuna em relação ao candidato de oposição Capitão Wagner (PR), que também bate forte no discurso sobre segurança pública. “É uma soma, sem dúvida benéfica. Tem predicados que Roberto tem e eu não tenho. E tem predicados que eu tenho e ele não tem. É união só vai somar pra população”.     Aliados   O DEM já estava na base de Roberto Cláudio. No último ano, houve aproximação entre os partidos. A nível nacional, no entanto, PDT e DEM estão em polos opostos. Segundo Roberto Cláudio, esse tipo de aliança é comum, em que diferentes se unem para resolver “problemas locais concretos”.     Cid e Ciro Gomes, o presidente estadual do PDT André Figueiredo e o presidente nacional do partido, Carlos Lupi, estiveram no palanque com Roberto Cláudio. Momentos antes da convenção eles estiveram com o governador Camilo Santana (PT), que estará ao lado do candidato e contra a correligionária Luizianne Lins. Ele não compareceu ao evento.       BASTIDORES       Primeira-dama   A primeira-dama do Estado, Onélia Leite, foi ao evento do PDT a pedido do marido para apoiar Roberto Cláudio. Camilo poderia causar problemas ao aliado caso aparecesse na convenção do adversário de seu partido, o PT.     18 partidos   O prefeito Roberto Cláudio informou que as coligações devem ser formadas durante a madrugada de hoje. A base aliada, que deve contar com 18 partidos, irá se dividir para melhorar as chances de eleger candidatos a vereador de legendas menores.     Discrição de Cid   Cid Gomes falou em nome de Roberto Cláudio durante a convenção, mas se manteve longe dos holofotes. Ele não participou de coletiva com a imprensa ao fim do evento.     Ciro nega ter pedido apoio de Lula   De acordo com o ex-governador, ele esteve com Lula no início da semana a convite de Camilo Santana. Mas nega que tenha cobrado ou pedido apoio do ex-presidente à candidatura de Roberto Cláudio.     O POVO online       Veja vídeo das convenções:   www.opovo.com.br/videos