Guálter George, editor-executivo de Conjuntura
Por que Moroni? Uma pergunta que se tornou necessária, a partir de ontem à tarde, quando começou a ganhar tons oficiais a ideia de que o deputado federal do DEM seria mesmo escolhido vice da chapa do prefeito Roberto Cláudio na sua campanha pela reeleição. A dúvida vale nas duas mãos, tanto para entender as razões que levaram ao convite de um como para justificar, na outra ponta, a decisão do outro de aceitá-lo. Exige pouca capacidade analítica a conclusão de que, primeiro, veio a definição das qualidades que precisaria ter o companheiro ideal para RC a partir do cenário de disputa que se desenha. Calhou o nome de Moroni Torgan, dentro do mesmo perfil idealizado, porque a temática da segurança tende a ganhar relevância pela força com a qual deve entrar na campanha o candidato Capitão Wagner, o que faz crer que o prefeito olhou basicamente para ele ao fazer sua escolha. Surpreendente não chega a ser, até pelo fato de já ser um dos nomes mais citados na onda das especulações que o clima de mistério fez surgir, mas a parceria demandará ainda alguma explicação de ambos os lados. Naquilo que envolve o parlamentar, não é trivial que se troque um mandato federal, obtido com a maior votação entre os eleitores fortalezenses, por uma posição secundária dentro de uma administração de âmbito municipal. Portanto, de poder necessariamente limitado. Aliados os dois já são, o que pode indicar que as sensíveis diferenças que mostram podem vir a se transformar em fator de complementaridade em nome do que seja melhor para a cidade. Isso, porém, somente o tempo conseguirá confirmar, na hipótese de uma vitória da dupla em outubro próximo.