Não é segredo que a disputa entre os principais grupos políticos dará o tom das campanhas por todo o estado. Governador Camilo Santana e o grupo dos Ferreira Gomes de um lado, senadores Tasso Jereissati e Eunício Oliveira do outro, vão medir forças para ver quem faz mais prefeitos e constrói uma base sólida para a sucessão estadual, em 2018. Não à toa, sobretudo nas principais cidades, os espaços estarão bem delimitados. Disputa promete, por exemplo, no Cariri, base política do governador. Em Barbalha, Fernando Santana, concunhado de Camilo, vai enfrentar o tucano Rommel Feijó. No Crato, Zé Ailton Brasil (PP), pela situação, enfrenta outro tucano, Samuel Araripe, assim como Rommel, também apoiado pelo PMDB. Só em Juazeiro o quadro segue indefinido, tanto na oposição como na situação.
"Essas questões influem diretamente na vida de todos os cidadãos cearenses."
Dep. Zezinho Albuquerque, presidente da Assembleia Legislativa, defendendo a importância dos deputados fazerem um esforço para garantir quorum nas sessões durante o período eleitoral e debater o momento crítico que o estado atravessa
Indefinições
O PSDB já definiu o vereador Normando Sóracles como candidato a prefeito de Juazeiro. Só não sabe se terá o apoio do PMDB. Raimundo Macedo decide até sexta se será, ou não candidato à reeleição. No lado situacionista há várias possibilidades, como o empresário Gilmar Bender, do PDT, e o deputado federal José Arnon Bezerra (PTB). Certeza mesmo, só de que haverá disputa.
Ao trabalho
Assembleia Legislativa retoma os trabalhos, após o recesso do mês de Julho. Preocupação do presidente Zezinho Albuquerque é garantir as sessões plenárias, até pelo momento que o estado passa, com seca prolongada e ameaça de colapso no abastecimento d'água. Duro é garantir quorum em plena campanha eleitoral. Ainda mais com doze, dos 46 deputados, candidatos a prefeito.
Capilaridade
Para o presidente da Câmara de Fortaleza, Salmito Filho, um dos trunfos para a reeleição de Roberto Claudio é o número de candidatos a vereador da coligação liderada pelo PDT. São 18 partidos e algo em torno de 500 candidatos em busca de votos para si e para o atual prefeito. Nenhuma outra coligação, segundo Salmito, terá número tão expressivo de candidatos.
Política dinâmica
Osmar Baquit deixa Secretaria de Pesca e volta à Assembleia. Reforça tropa de choque do governador Camilo, em dobradinha com Evandro Leitão, líder do Governo, com quem rivalizava há alguns anos no futebol, quando, respectivamente, presidiam Fortaleza e Ceará. E não é só. Vai apoiar Ilário Marques, antigo adversário político, para prefeito de Quixadá.
Verbas
Em meio às conversações eleitorais, governador Camilo Santana segue para Brasília. Na pauta, audiências em alguns ministérios, onde tenta liberar recursos. Na última sexta, o presidente em exercício, Michel Temer, assinou Medida Provisória destinando R$ 790 milhões para o combate a seca no Nordeste. O dinheiro está no Ministério da Integração.
Tempo curto
João Alfredo foi deputado estadual e federal e ocupa uma cadeira na Câmara Municipal. Tinha decidido que não disputaria a reeleição, mas acabou cedendo à convocação do PSOL para disputar a Prefeitura de Fortaleza. Segundo ele mesmo, tem muito o que falar. O problema é: onde? O tempo no rádio e TV será ínfimo. A saída é usar as redes sociais.
Tem mais...
Bivice Caso o Capitão Wagner seja eleito, teremos uma situação inusitada. Mudará o prefeito, mas permanecerá o vice. Gaudêncio Lucena não precisará nem desocupar o gabinete a ele destinado. Gaudêncio era próximo a Roberto Claudio, até o rompimento político, em 2014.
Fim de linha Julgamento do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, deve acontecer já na próxima semana. Cunha pode perder o mandato por mentir ao afirmar que não tinha conta no exterior.
E depois? Após o julgamento na Câmara, Eduardo Cunha, que é réu no petrolão, ainda tem contas a acertar com a Justiça. Detalhe: se perder o mandato, fica sem foro privilegiado. Nas mãos de Sergio Moro, portanto.