Plenário do legislativo cearense foi palco para lançamento de documento com estudo do setor
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Pisos salariais diferenciados entre professores com formações acadêmicas distintas. É o que defende para os docentes das rede estadual o Sindicato Apeoc. O objetivo da entidade, segundo seus dirigentes, é reestruturar a lei do piso em todo o Brasil, por meio da federalização da carreira docente. “Há carência de trezentos mil professores no Brasil por falta de atratividade da carreira”, diz o presidente da Apeoc, Anízio Melo. O sindicato também reivindica a implementação do Sistema Nacional de Educação, que possibilitaria aos professores maior articulação para discutir projetos pedagógicos e estruturais.
Em nível estadual, o sindicato Apeoc também cobra mudanças. Dentre elas, maior tempo para planejamento dos professores (utilizado para atividades extraclasse), que passaria de 20% para 33% das horas-aula. Ainda, a garantia de vale-refeição para os profissionais temporários, e a realização de concurso público para a rede estadual de ensino.
No último sábado, 2, professores e dirigentes do sindicato se reuniram no plenário da Assembleia Legislativa, para participar do ciclo de debates “Sistema Nacional de Educação e Valorização da Carreira Docente”.
Durante o evento, foi lançada a cartilha Fundeb, Piso e Carreira do Professor de Educação Básica. Elaborado pelo Instituto Apeoc, o documento mostra que o Ceará é o quarto Estado que pior paga seus professores graduados, em comparação com dez Estados do Norte e Nordeste.
Ao O POVO, a Seduc informou que tem o compromisso de aplicar, em 2012, 77% das receitas orçamentárias do Fundeb na valorização da carreira do magistério.
Já estaria acertado com o sindicato a remuneração dos professores graduados no nível-1 e remuneração de professores especialistas, assim como implantar, de forma progressiva, o regime que reserva um terço da carga horária do professor para planejamento. ENTENDA A NOTÍCIA
Mobilizados por melhores salários e condições de trabalho, professores da rede pública estadual cobram diferenciação nos rendimentos, de acordo com a formação, entre outras tradicionais reivindicações. A reorganização salarial teria a seguinte forma: professores graduados ganhariam pelo menos 50% a mais que os de nível médio.Já os especialistas, teriam acrescido o valor de 30% em relação aos graduados. Mestres ganhariam 20% a mais que especializados, e doutores 20% a mais em relação aos mestres.