A política precisa delas
A massiva campanha do TSE, por maior participação das mulheres na vida pública, em cargos majoritários e nas casas legislativas, merece, da parte dos partidos, mais empenho nesse sentido, ante o enorme déficit de presenças femininas nas Câmaras Municipais, Assembléias Legislativas, Câmara dos Deputados e Senado, governos estaduais e prefeituras. A atitude do TSE leva a uma reflexão: se as mulheres, que são maioria, em nada perdem para os homens em termos de inteligência, competência, habilidade e capacidade de trabalho, como se explicam alguns números relacionados à participação delas na política brasileira? Como exemplo, das 513 cadeiras de deputados federais, apenas 44 (8.6%) é do sexo feminino. No Senado, são 16%, ou seja, 13 senadoras. Na AL-CE, são 07 deputadas (15,2%), e na CMF 07 vereadoras (16,2%). O esforço do órgão máximo da Justiça Eleitoral ao tentar incrementar a participação feminina, tem, com certeza, muito a ver com os índices referentes a esse tema, em outros países. Senão vejamos: a média de mulheres nas Câmaras de Deputados, na Espanha, Holanda, Argentina, Alemanha,Itália e Canadá, é de 36,3%, ou seja, mais de quatro vezes o percentual feminino na Câmara Baixa, em Brasília. Outro exemplo é a sucessão em Fortaleza, onde apenas três mulheres estão pré-lançadas: Luizianne, do PT, candidata competitiva; a professora Nivânia, vice do candidato Gonzagão (PSTU), não mais que um inexpressivo e barulhento figurante; e a líder comunitária Raquel Lima (PCB), vice de João Alfredo (PSOL). Falou-se na titular da SDE, Nicolle Barbosa para vice do prefeito RC, mas ficou nisso. Lideranças do PR tentaram a indicação da ex-deputada Eliane Novaes para vice do Capitão Wagner (PR), mas ela preferiu tentar o retorno à CMF. A política precisa delas, mas não há muitas expectativas de que elas venham a ocupar os espaços que, por direito, lhes pertencem.
Eficiência. A jovem e discreta deputada Laís Nunes (PMB), vem conduzindo com a competência de veterano a Comissão de Desenvolvimento Regional, Recursos Hídricos, Minas e Pesca. Entre debates por ela coordenados, a proibição da venda de campos petrolíferos nos municípios de Icapuí e Aracati.
Puxa-encolhe Continua o puxa-encolhe do PP-CE. O deputado Adail, que havia recuperado a sigla, foi obrigado a devolvê-la ao Padre Zé, por decisão da juíza Valdenice Bernardo, da 11ª Vara Cível de Fortaleza.
Figurante, não! Por entender que não teria cabimento ser candidato à PMF só para figuração, sem apoios e sem estrutura, o deputado Ely Aguiar (PSDC) preferiu engrossar o leque de apoio ao prefeito RC.
Do povo Visando uma chapa 100% povo à PMF, o candidato do PSOL, João Alfredo optou pela líder comunitária Raquel Lima (PCB) moradora despejada do Alto da Paz, para vice na sua chapa.