A pré-candidata petista, Luizianne Lins, avalia que a repercussão do desgaste que o PT vem sofrendo deve ser minimizada por seu nome na disputa
( Foto: Kid Júnior )
Pré-candidata à Prefeitura de Fortaleza pelo PT, a deputada federal e ex-prefeita Luizianne Lins, ainda sem apoio de outros partidos para a eleição de outubro, tem buscado fazer alianças com siglas pequenas e setores da sociedade. Preferindo não divulgar nomes, ela aponta a dificuldade em razão de os partidos menores sofrerem pressão.
Caso não consiga fechar o apoio de outros partidos, Luizianne afirma que o PT também está preparado para ir com chapa própria na tentativa de reconquistar o Executivo Municipal. A parlamentar alega que o atual cenário político, com o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) em curso, afastou algumas siglas.
“Os partidos se agruparam de outras formas e estamos debatendo com alguns pequenos partidos, mas não tenho colocado aqui porque, na hora que a gente conversa, no outro dia chega ataque ao partido. A pressão é muito grande da máquina sob esses partidos, é o Estado e Prefeitura praticamente”, afirmou.
A REDE, que oficializou o apoio ao pré-candidato Heitor Férrer (PSB), foi uma das agremiações com as quais o PT chegou a dialogar. O nome do candidato a vice-prefeito da chapa não foi definido por conta de tais tratativas. “A gente só pode fechar vice depois de esgotar todas as conversas e, se o PT for sozinho, a gente vai abrir o debate no partido”, declarou.
A candidatura de Luizianne Lins será oficializada na convenção do partido no dia 31 deste mês. Até lá, o PT faz seminários para elaborar um programa de governo participativo com o debate de temas como Saúde, Educação, Participação Popular, Direitos Humanos, Juventude e Mulheres. A sigla também quer realizar plenárias nos bairros.
Experiência
Para a petista, a candidatura neste ano, diferente da primeira vez, em 2004, tem a marca da experiência, do conhecimento da cidade e de feitos vitoriosos nas políticas sociais, econômicas e eventos culturais. Ela salientou que pretende resgatar, na campanha, ações de sua gestão, como a construção do Hospital da Mulher, Cucas, Caps, o Vila do Mar do Pirambu, entre outros, além de apontar a retomada do processo interrompido. “Quem já governou oito anos tem essa experiência acumulada”, disse.
Ela avalia que a repercussão do desgaste sofrido pelo PT nos últimos meses, com denúncias de corrupção que citam, inclusive, o ex-presidente Lula, deve ser minimizada na Capital com seu nome na disputa. “Há uma perspectiva de criminalização do partido. Por outro lado, a cidade já me conhece, sabe o que penso, o que sou. Nesse ponto de vista, não sou novidade no sentido da conduta, das prioridades. Fica mais fácil”, apontou.
Com 42 pré-candidatos à Câmara Municipal, a agremiação tenta manter as cadeiras conquistadas em 2012. Enquanto vereadores avaliam ser possível manter até três vagas, Luizianne Lins estima que o partido tem condição de reeleger seus quatro vereadores: Acrísio Sena, Ronivaldo Maia, Deodato Ramalho e Guilherme Sampaio.