Deputados estaduais cearenses que tiveram votação expressiva na Capital vão apoiar e trabalhar para os postulantes que estão se apresentando para a disputa eleitoral deste ano. No entanto, enquanto alguns acreditam na influência de seus votos no pleito municipal de outubro, outros ressaltam que a transferência de votos de parlamentares, mesmo daqueles com maior representação em Fortaleza, será mínima.
Pelo menos cinco pré-candidatos a prefeito de Fortaleza são parlamentares da Assembleia Legislativa do Ceará e pedirão votos para suas possíveis campanhas. Contudo, muitos outros, conforme disseram ao Diário do Nordeste, apoiarão a candidatura do atual prefeito, Roberto Cláudio, à reeleição.
Dos 46 deputados da atual legislatura, nove foram vereadores em Fortaleza. São eles: José Sarto (PDT), Wagner Sousa (PR), Carlomano Marques (PMDB), Ferreira Aragão (PDT), Heitor Férrer (PSB), Roberto Mesquita (PV), Tin Gomes (PHS), Tomaz Holanda (PMDB) e Walter Cavalcante (PP).
Outros, mesmo não tendo sido vereadores na Capital, tiveram votação expressiva. Elmano de Freitas (PT), por exemplo, na disputa a uma das 46 vagas na Casa Legislativa, em 2014, teve quase 29 mil votos.
Segundo ele, a capacidade de transferência de votos é muito baixa e somente o histórico do postulante, somado à sua postura e propostas, definirá o voto do eleitor da Capital. "Os vereadores, por terem uma atuação mais direta com a comunidade, talvez influenciem", defendeu.
Já Ferreira Aragão destacou que é importante o apoio dos parlamentares no pleito. "Eles conhecem as mazelas da cidade e é importante a participação de um homem desse na campanha. Acredito que cada um dos deputados da Capital pode transferir até 10% de seus votos", disse.
José Sarto, que conseguiu 30 mil votos em Fortaleza em 2014, por outro lado, afirmou que grandes lideranças influenciam, mas isso não chega a 100% dos eleitores. "Nas eleições para prefeito e governador, o eleitor decide de acordo com o que ele percebe da cidade. O que vai decidir mesmo é o conjunto da obra", opinou.