A Frente Parlamentar de combate ao Aedes aegypti reunirá, hoje, diversos atores do ecossistema da saúde para elaborar novas propostas e sugestões de combate ao mosquito. Atualmente, segundo dados do Ministério da Saúde, o Ceará é o quarto estado brasileiro com mais notificações de casos de microcefalia no País. Foram 501 desde outubro de 2015, sendo 203 descartados e 183 em investigação. Em uma semana, o total de confirmações aumentou em cinco casos, somando 115.
Para o presidente do colegiado, deputado Carlos Matos (PSDB), a situação do Ceará é gravíssima e precisa ser acompanha pelo poder público. O parlamentar adiantou que discutirá quatro eixos durante a oficina técnica: estratégias de comunicação, mobilização junto à sociedade, avaliação das políticas públicas em execução e ações estruturantes. “Nós conseguimos o apoio do presidente da Fiec, Beto Studart, no sentido de mobilizar os 40 sindicatos da federação e os mais de 350 mil trabalhadores da indústria no combate ao mosquito”, informou.
Além dos parlamentares que integram a Frente Parlamentar de combate ao Aedes, representantes da Secretaria de Saúde do Ceará – Sesa, da Associação dos Prefeitos do Estado – Aprece, do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, de instituições acadêmicas, prefeitos, secretários municipais de saúde e agentes de endemias foram convidados para participar do debate.
Frente
A Frente Parlamentar de Combate ao Aedes é formada pelos seguintes deputados: Carlos Matos (PSDB); Leonardo Araújo (PP); Fernanda Pessoa (PR); Roberto Mesquita (PSD); Dr. Sarto (PDT), Evandro Leitão (PDT) e Agenor Neto (PMDB).
Quixadá
O avanço do Aedes aegypti preocupa os parlamentares. Ontem, a deputada Rachel Marques (PT) chamou atenção, durante sessão plenária da Assembleia Legislativa, para o aumento do número de casos de doenças transmitidas pelo mosquito no município de Quixadá. Segundo ela, as notificações de dengue, zika e chikungunya vêm crescendo, deixando a população preocupada. “Estamos recebendo denúncias diárias de pessoas assustadas com a gravidade da situação”, relatou.
A parlamentar informou que foram 2.454 casos notificados de dengue, 904 com chikungunya e 93 de zika. “A nossa avaliação é que está sendo ainda subnotificado, pois a gravidade é maior”, disse. Conforme a deputada, existem 19 óbitos relacionados a essas doenças.
Rachel Marques informou que a questão está sendo tratada com o secretário de Saúde, Henrique Javi, que irá ao município na sexta-feira (10), para conversar com os profissionais de saúde e “enfrentar essa grave situação”. A deputada disse estar esperançosa de que, na oportunidade, o secretário anuncie algumas medidas solicitadas, como aumentar do efetivo de agentes de endemias e o apoio do Exército.