No encontro promovido pelo PSOL e a Fundação Lauro Campos foi debatido, no último sábado, o direito à comunicação e ecossocialismo
( FOTO: CID BARBOSA )
Na intenção de fortalecer a construção do programa de governo para as eleições municipais em 2016, o PSOL reuniu, no último sábado, militantes e estudiosos para debater pontos cruciais a serem defendidos pelo partido na disputa. Em Fortaleza, o partido inicia conversa com legendas aliadas, PSTU e PCB, e articula o nome do deputado Renato Roseno para concorrer à Prefeitura.
A sigla também trabalha para não perder a representatividade na Câmara Municipal a partir de 2017, já que o único vereador do partido, João Alfredo, não tentará reeleição. O nome do candidato a Governo do Estado na última eleição, Ailton Lopes, é colocado como o puxador de votos do partido. No encontro promovido pelo PSOL e a Fundação Lauro Campos, dando continuidade a um ciclo nacional de discussões, foi debatido o direito à comunicação e ecossocialismo.
Conforme o deputado Renato Roseno, o seminário busca construir unidade em torno de um programa nacional que afirme a identidade do partido. Ele aponta a preocupação com o ambiente urbano que atravessa o desafio do abastecimento de água, espaço público, mobilidade urbana e habitação adequada. "Essas eleições são municipais e as cidades estão com graves problemas sociais, ambientais, econômicos, as cidades cearenses têm problemas comuns", apontou.
Cauteloso
Com relação ao pleito, Roseno é cauteloso quanto à colocação do seu nome para representar o partido na disputa para a Prefeitura de Fortaleza. Segundo ele, seria desrespeitoso adiantar o debate antes de o PSOL conversar com o PSTU e PCB. "Nosso grande problema é a desigualdade, não temos poder político de máquinas, fazemos campanha a partir de consciências críticas, o que nós esperamos é que essa consciência se expanda", defendeu.
O vereador João Alfredo reforçou que, ao fim do ciclo de debates em diversas cidades, o PSOL nacional deve lançar publicação para guiar programas de governo. "A vantagem é que, como ele (Roseno) foi candidato nas eleições passadas e a gente já teve um programa discutido de forma coletiva, a gente já tem base boa para apresentar o programa nas eleições", justifica.
Entre pontos para o debate de 2016, Cecília Feitosa, presidente do PSOL Ceará, aponta a crise hídrica, segurança pública com foco nos direitos humanos, pautar direitos sociais para evitar retrocessos no cenário conturbado nacional e combate à ofensiva conservadora e reacionária.
O seminário Se a Cidade Fosse Nossa contou com participação de Roger Pires (Coletivo Nigéria), Helena Martins (Intervozes), Aldenor Júnior, ex-secretário de comunicação de Belém, Alexandre Araújo, do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, e Márcio Astrini, do Greenpeace.