As declarações de vereadores da oposição de que os debates no plenário da Câmara Municipal estariam esvaziados e as críticas sobre a deliberação de requerimentos nas comissões técnicas foram rebatidas pelo presidente da Casa, Salmito Filho (PDT). Na semana passada, vereadores fizeram críticas durante a deliberação de uma moção de repúdio ao deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) por homenagear um torturador da ditadura militar na votação do impeachment.
Segundo Salmito, apreciação dos requerimentos nas comissões foi decisão pactuada em reunião dos líderes partidários em 2015 e reforçada este ano. Ficou combinado entre eles que apenas requerimentos de urgência serão apreciados em plenário.
Ele salientou que nenhuma Casa Legislativa com mais de 20 parlamentares analisa requerimentos em plenário e defendeu não ser razoável que este tipo de propositura se sobreponha aos projetos de lei. "É assim na Assembleia Legislativa, na Câmara Federal e nas câmaras municipais das Capitais", declarou.
Segundo Salmito Filho, desde que o acordo foi firmado, por unanimidade dos líderes, as votações na Casa deixaram de cair por falta de quórum. "Em 2013 e 2014 um requerimento colocado não era consensual, se pedia voto nominal e quem era contra se ausentava do plenário. Se eu abrir exceção, vou ter que abrir para todo mundo", disse.
Ele também respondeu a críticas do vereador Guilherme Sampaio (PT), que apontou estar impressionado com o esvaziamento dos debates na Câmara. "No dia que estiver na oposição e der uma declaração que o debate está esvaziado, estou assinando um atestado de incompetência política", declarou.