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PEC por novas eleições gera embate na Assembleia - QR Code Friendly
Quarta, 20 Abril 2016 05:59

PEC por novas eleições gera embate na Assembleia

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Deputados que fazem oposição ao Governo Dilma foram à tribuna da Assembleia Legislativa, ontem, criticar a iniciativa de um grupo de senadores que vem pleiteando a realização de novas eleições. Os parlamentares ainda comemoraram a aprovação do processo de impeachment da Presidente brasileira, na Câmara federal.   A deputada doutora Silvana (PMDB) abriu a discussão relembrando que já havia se posicionado a favor de novas eleições, mas, por ser inconstitucional, foi orientada a se retratar no plenário. Para a deputada, pedir novas eleições, nesse momento, é oportuno para os petistas que se encontram “sem saída”. A deputada questionou a intenção da proposta.   “Mas agora e, somente agora, que a presidente Dilma cai, sabe o que tão querendo? ‘Vão apresentar uma PEC pra que a gente possa dar oportunidade da população escolher’. Como é que não apresentaram essa PEC antes? Por que não quiseram enfrentar as urnas naquele momento? Agora sim, pedir novas eleições, neste momento, apresentando uma PEC para aí tornar-se  constitucional, é que é golpe”, afirmou.   Outros deputados também usaram a tribuna para questionar e criticar a intenção de novas eleições presidenciais. O deputado Fernando Hugo (PP) definiu a situação como hipocrisia, e afirmou que seria uma “manobra dos petistas” para o “caso de emergência”. “Hipocrisia é preliminarmente um termo que devemos usar. Agora que o PT está vendo a coisa preta, sem dúvida alguma, vem com a proposta de emenda constitucional para que em uma emergencialidade possa se fazer valer uma eleição geral”, discursou.   O deputado Audic Mota (PMDB) fez coro com os deputados sobre a proposta de emenda que ainda será encaminhada ao Congresso e acusou o ex-presidente Lula de ser o idealizador da PEC. “Isso foi lançado por esse cidadão chamado Luiz Inácio Lula da Silva, de lançar um movimento cara de pau de Diretas Já. Lançar uma proposta de emenda constitucional como se não houvesse um vice-presidente no Brasil, como se não houvesse uma linha sucessória”.   Defesa Diante das acusações, o deputado Elmano Freitas (PT) saiu em defesa do Governo Federal, do Partido dos Trabalhadores e do ex-presidente Lula, afirmando que a origem da ideia da PEC não é do Governo e nem do partido e sim de outras siglas.   “Quero esclarecer que o PT não apresentou nenhuma PEC de eleição. Quem falou aqui que o PT está propondo eleições com PEC, por favor procure porque o PT não apresentou. Quem está apresentando uma proposta de discussão de eleição são senadores do PSB e senador sem partido. Portanto, não é o PT. O PT continua entendendo que a Presidente não cometeu crime”, defendeu.   Entenda a PEC Um grupo de seis senadores de diversos partidos e regiões formulou um texto que dará origem a proposta de emenda à Constituição para que sejam realizadas novas eleições presidenciais, em outubro deste ano. Em um segundo momento, os senadores começarão a coletar as 27 assinaturas necessárias para a PEC começar a tramitar.   Impeachment Os deputados também vão se expressaram em relação a votação que ocorreu no último domingo (17), que aprovou o processo de impeachment na Câmara Federal. Enquanto alguns comemoravam o resultado da votação, outros criticavam. “Não tenho como disfarçar e, também, não é minha intenção disfarçar, o grande contentamento com que subo a tribuna dessa Casa. Sempre foi o meu desejo que esse impeachment da presidente Dilma fosse admissível”, desabafou a peemedebista doutora Silvana. Em contrapartida, os deputados Elmano Feitas e George Valentim (PCdoB) reafirmaram a tese de que não há crise de responsabilidade para se imputar a presidente Dilma e que, por isso, o processo não irá se manter.   Ainda sobre a votação, o deputado João Jaime (DEM) saiu em defesa daqueles deputados federais que foram criticados nas redes sociais pela forma de discursar durante a votação. O deputado reconheceu que alguns parlamentares se excederam durante os pronunciamentos e que “até bobagens disseram”, mas que as críticas não deveriam desqualificar a votação que ocorreu. “O Congresso Nacional, assim como essa Assembleia Legislativa, é um espelho da sociedade. Ali você tem doutores, você tem sindicalistas, empregadas domésticas, motoristas, você tem toda a representação da sociedade e não poderia ser diferente. O Congresso é plural. Ali se excederam muito deles, mas era o sentimento que vinha de dentro. Mas, o importante é que 367 aprovaram, uma maioria esmagadora só vista na época do Collor”, defendeu.
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