Um jeito diferente
De quando em vez, quando sei de algo interessante, aventuro a vida à cata do registro. Seja em Paris, Londres, NY ou Uruoca, pego um pássaro de prata ou um busão e vou ver se o que dizem tem fundamento. No fim de semana, voei 800 quilômetros, ida e volta, palmilhei mais 300, ida e volta, e fui a Icó, via Juazeiro do Meu Padim. Disseram que lá havia algo diferente na forma de fazer política. A deputada estadual Laís Nunes, como pré-candidata a Prefeita da Terra do Louro – Icó é conhecida simpaticamente como Terra do Papagaio – seria a protagonista do fato. Pois bem: num grande lugar, coberto, chamado Canecão, a deputada e seu grupo, estão reunindo segmentos da comunidade, pra saber o que as pessoas pensam na montagem de um governo, um projeto, por assim dizer. Danado é que o que eu vi, e eu vi porque estava lá, não era um discurso político, nem uma pré-candidata jogando praga no adversário. Cercada por técnicos, inclusive jurídicos, a deputada abriu uma discussão com a juventude de Icó: o que é que os jovens do Icó imaginam que se possa fazer pelo segmento. Laís falou do mote e dividiu o que chamou de Projeto Roda de Conversa em blocos. Os jovens perguntavam e os técnicos diziam o que uma prefeitura poderia fazer seguidos por curta fala da deputada que complementava as informações sob o ponto de visto técnico-político. De 7 às 10 da noite, com quase duas mil pessoas sem arredar pé do local. Eu precisava ver aquilo pra entender que se pode fazer política sem xingar o adversário, se é que tem, nem criticar o que não está sendo feito. Pois é!