Alguns funcionários de comércios do entorno da Assembleia arriscaram teorias sobre a presença de veículo com o artefato. “Eu acredito que o carro estava lá esperando o caixa-forte do banco dentro da Assembleia”, disse um homem, que preferiu não se identificar.
O caso surpreendeu muita gente. “Foi mesmo? Nem ouvi falar disso”, assustou-se a funcionária pública Alzeni Oliveira, 45, que mora em uma casa em frente à AL. Assim como ela, os comerciantes da área também não estavam na rua no momento do isolamento. “Todo mundo aqui só viu pelo jornal, porque a maioria (dos estabelecimentos) fecha antes das 18 horas”, explicou a auxiliar administrativa Germana Vale, 40.
O taxista Jefferson Luís, 21 anos, também não viu o isolamento da área no dia anterior. “Eu soube pelo jornal e muitos clientes chegaram perguntando. Uma inclusive falou ‘eu não acredito que agora vamos ter até terrorismo no Brasil’. Coisa boa não era”, disse.
Os moradores que passavam pela rua Francisco Holanda, onde o carro foi localizado, não sabiam do artefato ou tinham apenas informações veiculadas na imprensa até aquele momento. “Eu soube hoje pela rádio. Ninguém aqui no prédio falou disso, até porque pela hora que foi não devia ter muito movimento”, contou o zelador do prédio em frente à AL, Benedito Pereira, 67. O recolhimento dos explosivos de carro não alterou o policiamento do entorno. Um efetivo de 14 homens, entre PMs e bombeiros, faz a vigilância da área 24 horas, segundo o coordenador militar da AL, coronel Paulo Pessoa.