Principais lideranças do PT no Ceará, o governador Camilo Santana e o líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães, tiveram ontem reações diferentes diante dos desdobramentos da Operação Lava Jato.
Questionado sobre a crise política e possível indicação do ex-presidente Lula para um ministério, o governador foi econômico com palavras. “Pergunte para a presidente da República. Quem sabe é ela, é ela que vai definir isso”, diz o governador.
“Minha preocupação agora é governar o Ceará. Diante de toda dificuldade que estamos tendo, toda a minha energia tem sido dedicada ao cearense. Tem sido muito difícil, mas tenho procurado trabalhar nesse sentido”, justificou Camilo.
O petista classificou ainda como “naturais” protestos contra o governo realizados no último domingo. “Democracia é isso, faz parte. Todos tem o livre direito de se manifestar”, disse.
Mais direto na defesa da gestão, o deputado federal José Guimarães disse ontem que a base do governo está "preparada" para enfrentar o processo do impeachment. “É preciso superar isso para retomar o crescimento da economia brasileira”, diz.
Na manhã de ontem, possível indicação de Lula foi alvo de críticas tanto na Câmara Municipal de Fortaleza quanto na Assembleia Legislativa. "Fazer isso em um momento desses seria debochar do povo brasileiro", disse Carlos Matos (PSDB).