O PSDB de Fortaleza ainda não decidiu com quem deve seguir nas eleições municipais de outubro e conversa com as forças de oposição ao prefeito Roberto Cláudio. De acordo com o presidente estadual da sigla, Luiz Pontes, o partido está considerando a participação em uma coligação, desde que a sigla aliada faça parte do grupo que disputou as eleições unido em 2014, bem como se comprometa em apoio à legenda tucana em 2018.
As negociações têm se intensificado cada vez mais nos últimos dias com Heitor Férrer (PSB) e Wagner Sousa (PR), ambos opositores à atual gestão da Capital. De acordo com Pontes, no decorrer de março e até abril a legenda tomará uma decisão em definitivo sobre o apoio que deve dar para o pleito de outubro. Ele disse, no entanto, que mesmo indo todos separados no primeiro turno, os partidos podem se unir em um provável segundo turno.
"Queremos concluir isso o mais breve possível, e por isso estamos procurando partidos oposicionistas com preocupação num projeto para Fortaleza, a fim de acabar com o empreguismo e trabalhando com técnicos qualificados", disse ele, sem esclarecer que espaço a sigla iria querer em um possível apoio a qualquer dos nomes colocados para a disputa eleitoral.
O PSDB, segundo ele, tem se reunido toda semana e realizado debates com PR, PMDB, PSB e até com o DEM. Essas legendas devem se apoiar em diversas cidades do Interior do Estado, como no Crato, onde o PSDB terá candidatura própria e pretende contar com o apoio dos demais partidos. "Nos próximos 30 dias teremos muitas conversas. Onde o PSDB puder ajudar, nós o faremos, e vice-versa", afirmou.
Pontes ressaltou, ainda, que deve dar atenção especial para a Câmara Municipal de Fortaleza, visto que o partido conseguiu eleger apenas um vereador em 2012, Carlos Dutra, que hoje está no PROS. A ideia é "fazer uma boa bancada na Câmara", ainda que o partido nunca tenha tido expressivas representações no Legislativo da Capital cearense.