O Unicef descobriu que no Brasil, morrem, por ano, por cada mil adolescentes, 28 jovens. Descobriu também que o Ceará, o terceiro estado mais violento do Brasil, com seus adolescentes. Matou mais de 630. O suportável para os padrões internacionais é de 10 mortes a cada cem mil “crianças”. O Estado tem um programa comandado pela vice-governadora Izolda Cela, que busca cuidados com o assunto, mas isso não basta. A Assembleia do Estado, porém, chamou pra guerra contra esse absurdo, a própria casa, o Unicef e o Estado, formatando um comitê para tratativas sobre o tema. Na sexta feira, pela manhã, foi instalado o Comitê de Prevenção e Redução de Homicídios na Adolescência. Todos os atores aí citados estavam presentes e ouviram, de Ivo Gomes e de Izolda Cela, os caminhos para a descoberta da história de quem morre e de quem mata nessa fase da vida. Ivo, para quem a educação é quase tudo, ousou mudar o discurso: O problema é descobrir a afetividade na vida dessas crianças. Ninguém nasce ruim, criminoso ou bandido, seja na favela, seja pela cor da pele. Que o relatório esperado para junho de 2016 nos aponte os rumos. Mas falta amor