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Deputados madrugam na AL em busca de entendimento - QR Code Friendly
Sexta, 27 Novembro 2015 03:52

Deputados madrugam na AL em busca de entendimento

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  Era pouco mais de meia-noite quando os primeiros deputados começaram a chegar na Assembleia Legislativa para aquela que seria uma das mais duradouras sessões do ano. Durante todo o dia de ontem, oposição e base governista, assim como o secretário de Relações Institucionais, Nelson Martins, tentavam negociar as diversas emendas e recursos ao plenário que seriam apresentados às mensagens que tratam de reajustes nas alíquotas do IPVA e ICMS do Estado. Ao longo do dia, os parlamentares se reuniam em salas e nos corredores da Assembleia em busca de articular o modo como iriam trabalhar suas posições no Plenário. Quando chegou à Casa, às 2h35, para tentar conseguir utilizar a tribuna no chamado "tempo nobre", o vice-líder do Governo, Júlio César Filho (PTN), foi surpreendido pelos dois presentes que madrugaram na sede do Poder Legislativo Estadual, os oposicionistas Agenor Neto e Leonardo Araújo, ambos filiados ao PMDB. Apesar dessas duas mensagens terem causado intenso embate nos colegiados e no Plenário 13 de Maio, o presidente Zezinho Albuquerque (PROS) destacou que outras propostas semelhantes, que tratam do setor financeiro, devem chegar até o final desse primeiro ano da atual legislatura. "Acredito que possa chegar mais. O Governo pode nos convocar extraordinariamente para votar alguma matéria. Até o momento não recebi nenhuma outra mensagem, mas, pelo que tenho percebido, acho que vem mais", antecipou. Alguns integrantes do Instituto Democracia e Ética (Ide) também compareceram à Casa, ontem, e protestaram contra o reajuste proposto na matéria. Eles levaram bonecos em alusão ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à presidente Dilma Rousseff. Quando o deputado do PT Elmano de Freitas adentrou o plenário, foi vaiado pelos manifestantes, que deram as costas ao parlamentar durante seu pronunciamento na tribuna. "Nós não aceitamos mais impostos, porque a carga tributária é alta e os serviços são da pior qualidade. Eles quebraram o País, quebraram o Estado e querem que a gente pague a conta", disse Gustavo Menescal, um dos idealizadores do movimento. Enquanto deputados faziam outros pronunciamentos, parlamentares se articulavam nos corredores da Casa. Roberto Mesquita (PV), Leonardo Araújo, Daniel Oliveira (PMDB), Agenor Neto, Ely Aguiar (PSDC) e Walter Cavalcante (PMDB) queriam explicações do Departamento Legislativo sobre votação ocorrida na última segunda-feira, quando, alegam, as emendas não tiveram os méritos votados. Receosos Aqueles que eram contra as matérias estavam receosos de que a base governista barrasse o diálogo sobre as propostas, o que reduziria o tempo da sessão ordinária realizada. Para eles, os aliados queriam inviabilizar a discussão em plenário, discussão essa que se estenderia até a noite. Deputados chegaram a fazer apostas sobre em qual horário terminariam as atividades. Enquanto alguns deles apostavam que seguiriam até 19 horas, outros achavam que os trabalhos seriam encerrados às 22 horas. Havia ainda quem acreditava que antes da meia-noite nada estaria decidido. "Vou ficar aqui até terminar. E se surgir alguma oportunidade de negociar, vamos negociar. Só fica difícil acatar emenda que acabam com toda a receita", disse o secretário Nelson Martins, que desde o dia anterior procurava atender aos reclames dos deputados estaduais.
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