Por iniciativa do deputado Dedé Teixeira (PT), debateu-se ontem, na Assembleia Legislativa, os impactos sociais do Cinturão Digital do Ceará (CDC), um projeto do Governo do Estado que permite a conectividade dos cidadãos em alta velocidade. A inauguração da maior rede pública de banda larga do Brasil aconteceu no dia 3 de novembro, do ano passado, e contou com a presença do governador Cid Gomes (PSB) e do ministro da Ciência e Tecnologia, Aloízio Mercadante (PT). Na ocasião, o ministro classificou a iniciativa cearense como “um exemplo da rodovia do futuro”.
Para o representante da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura Familiar do Ceará (Fetraece), Francisco Vidal Sousa Neto, o Cinturão Digital vai facilitar a vida dos agricultores e qualificar as escolas na área rural. “São pouquíssimas escolas no interior que contam com o acesso à internet. Com o projeto essa realidade irá mudar, trazendo mais oportunidades para essas comunidades”, disse.
Banda largapara prefeiturasPara estender o acesso do CDC às prefeituras do interior, o Governo do Estado, por meio da Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará (Etice), lançou um edital de chamada pública, no qual os municípios devem submeter os seus projetos até o dia 21 de maio. As iniciativas devem assegurar o acesso da população em planos a partir de R$ 29,90 para 1 Mb, em praças e pontos de interesse. O Ministério das Comunicações também lançou edital para financiar projetos de cidades digitais, no montante de R$ 20 milhões. Segundo o presidente da Etice, Fernando Carvalho, o edital federal é complementar ao estadual e que os municípios do Ceará se qualificam para receber o fomento federal, pois o Estado é um dos poucos que possui infraestrutura de fibra óptica.
De acordo com o palestrante e representante da Empresa de Tecnologia da Informação do Estado (Etice), Fernando Antônio de Carvalho, são os 2.600Km de fibras ópticas que tornam possível a conectividade, o ensino à distancia, incentivo a pesquisas no interior, além da telemedicina que é o atendimento médico à distância que tem como finalidade diminuir a demanda na Capital. “A nossa meta é, em 2013, tornar o Ceará o estado com melhor conectividade no Brasil. Para isso foram investidos R$ 67 milhões”, ressaltou.
Também estiveram presentes ao debate representantes da Federação das Indústrias do Estado do Ceará, do Serpro, do Tribunal de Contas do Estado, da Secretaria do Planejamento e Gestão do Estado e do Ministério do Desenvolvimento Agrário.