A Campanha Outubro Rosa, realizada todo mês de outubro com o intuito de alertas para a prevenção do câncer de mama, foi tema do discurso do deputado Carlos Felipe (PCdoB), ontem, na Assembleia Legislativa. Ele disse que vai apresentar projeto em que obriga instituições do Estado a realizarem exames de prevenção da doença a funcionárias efetivas e terceirizadas.
Segundo Carlos Felipe, o câncer de mama é quem mais mata mulheres no País, alegando que o diagnóstico precoce pode salvar a vida das pacientes. "Se houver casos de câncer na família, a prevenção deve começar 10 anos antes (dos 40). É a partir do diagnóstico precoce que a doença tem mais chances de cura". O parlamentar disse que a Assembleia Legislativa pode contribuir com a aprovação de seu projeto.
"Examinar um paciente de mama qualquer médico pode fazer. Quando aquele exame inicial é feito, ele é encaminhado para a média complexidade. O que precisamos é fazer com que o mamógrafo possa ser ofertado para uma grande região". "Pedimos ainda que essa Casa, a exemplo de outras secretarias, chame a atenção para esse mês do câncer que mais mata mulheres no mundo. Qualquer instituição pública tem que fazer o exame para suas funcionárias", completou.
Rachel Marques (PT) defendeu que biópsias sejam aperfeiçoadas para que as cirurgias aconteçam o mais rápido possível, destacando que em outubro haverá caminhada e corrida durante o chamado Outubro Rosa.
Acompanhamento
A deputada Silvana Oliveira (PMDB) apoiou que não se faça apenas o diagnóstico, completando que todo o acompanhamento da mulher com caso de câncer deve ser prioritário. "Não adianta diagnosticar e deixar na fila de espera por uma cirurgia. É preciso conseguir o retorno do paciente, o tratamento e tudo o que for necessário. Muitos pacientes morrem nas filas esperando por uma cirurgia", alegou.
Antes de concluir seu pronunciamento, Carlos Felipe lamentou o anúncio de demissão do ministro da Saúde, Arthur Chioro, que teria sido feito por telefone pela presidente Dilma Rousseff. A reforma ministerial tem o objetivo de atender aos partidos aliados do Governo no Congresso, principalmente o PMDB
"Eu lamentei profundamente e espero que o futuro ministro da Saúde seja tão honrado e competente como o Chioro. Lamentei profundamente como ele foi retirado do cargo e esse é o pensamento de uma pessoa que ama a Saúde", pontuou Carlos Felipe.