Cerca de 15 municípios estão em greve no Ceará, sendo que três paralisaram suas atividades há mais de 100 dias. A informação foi repassada pelo deputado Renato Roseno (PSOL), ontem, em pronunciamento na Assembleia Legislativa. Ele denunciou que funcionários da Prefeitura de Várzea Alegre recebem só meio salário mínimo, o que fere os direitos do trabalhador. >Redução do FPM agrava cenário das prefeituras "Há servidores que ganham meio salário mínimo, e eu falo não somente como representante do PSOL, mas também na qualidade de estudante de Direito. A súmula vinculante 16 já pacificou que ninguém pode ganhar menos que meio salário mínimo", ressaltou. Em Várzea Alegre, ele diz que são 100 dias em greve com 380 servidores tendo ganhado meio salário mínimo. Ele esteve por duas vezes no Município, acrescentando que Barbalha e Iguatu estão em situação similar. Em defesa do Município de Iguatu, o deputado Agenor Neto (PMDB) afirmou que o atual prefeito, Aderilo Alcântara Filho, tem conversado com os servidores e procurado diálogo com as categorias paralisadas. "O prefeito Aderilo foi o primeiro a ter dado piso salarial dos agentes de saúde no Brasil. O que está em greve no Iguatu são apenas 3% dos servidores", defendeu o peemedebista. Já Roseno destacou que não se pode pedir paciência diante da situação. Ele ressaltou que a conta da crise não pode ser transferida ao trabalhador. O deputado Carlomano Marques (PMDB) compareceu, na manhã de ontem, ao Legislativo Estadual, após 12 dias afastado em decorrência de um infarto, para denunciar "supersalários" de 24 funcionários da Prefeitura Municipal de Pacatuba, que, segundo ele, recebem, juntos, total de R$ 130 mil por mês.