Acidez a caminho de 2016
Dono de discurso francamente ácido, o deputado Heitor Férrer (PDT) acrescentou nos últimos dias temperos mais fortes aos ataques que costuma fazer ao Governo do Estado. Alguns exemplos: em 25 de junho passado, acusou na tribuna da Assembleia Legislativa a gestão estadual de "assassinar cearenses" - segundo ele, dinheiro para a compra de medicamentos estaria sendo desviado para outros fins. Terça-feira passada, chamou de "irresponsabilidade administrativa" o modo como é gerido o Fundo Estadual de Combate à Pobreza. Quarta-feira, comparou instituições de atenção a jovens em conflito com lei a campos de concentração.
Cabo eleitoral
Na campanha eleitoral de 2014, Heitor Férrer pediu votos para o hoje governador Camilo Santana (confira em goo.Gl/yZLUOR). Ou seja, vinculou naquela conjuntura o nome dele ao do candidato petista. Ajudou a convencer o eleitor de que a melhor opção era o candidato apoiado pelos irmãos Cid, Ciro e Ivo Gomes. E por ele, claro.
Espaço minguado
Agora, tendo de dividir espaços na oposição com nomes como Wagner Sousa e Carlos Matos, e sob o risco de perder terreno no PDT, com o aventado ingresso dos descontentes do Pros na sigla brizolista, Heitor aposta tudo nas críticas. Até aí, ok. O problema é desprezar o fato de ter, com votos e palavras, ajudado a eleger quem agora ataca.