O Partido Socialista Brasileira (PSB) ainda acredita em uma fusão com o Partido Popular Socialista (PPS), mesmo que as siglas tenham divergências em alguns estados brasileiros. A informação é do secretário-geral da executiva nacional do PSB, o ex-governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, em evento do partido em Fortaleza, na última semana.
Segundo ele, há sim possibilidades de fusão entre os dois grêmios, visto que os dirigentes dos partidos têm demonstrado interesse, mesmo com problemas em algumas localidades. Casagrande informou, no entanto, que não há prazos, mas uma boa aproximação com o PPS. "Nós estamos continuando com o diálogo e vamos tentar resolver as dificuldades em cada um dos estados, para depois fazermos a fusão", destacou.
Ele explicou que, apesar das divergências em alguns estados, majoritariamente, PPS e PSB têm interesse em se unirem. "Nós queremos unir os dois partidos, pois percebemos que temos práticas progressistas semelhantes, e vamos procurar nos unir", disse , acrescentando que as divergências existentes em Pernambuco, Maranhão, Pará e no Amazonas, estão sendo administradas. No Ceará, destacou, não houve problemas mais graves, e tinha, inclusive, uma facilidade de fusão no Estado.
No entanto, havia dificuldade entre as lideranças partidárias locais para saber como ficaria a composição e o comando do grupo. Alexandre Pereira e Moses Rodrigues, ambos do PPS, por exemplo, defendiam que fosse respeitada a representação política dos partidos nos estados, e no Ceará, enquanto o PPS tem um representante na Assembleia e outro na Câmara Federal, o PSB não tem nenhum.
Golpe
"O que importa é que tivemos decisão de estarmos muito próximos, e se for necessário faremos a fusão, do contrário vamos continuar caminhando juntos. Mas a fusão é possível, demos um tempo para acertar o que deveria acertar e fazer a fusão mais adiante", pontuou.
Ele destacou também o momento político pelo qual o País passa, e disse que não existe tentativa de golpe contra a presidente Dilma Rousseff, defendendo que o pedido de impeachment está previsto na Constituição Federal, e, inclusive, já foi utilizado no Brasil quando da presidência de Fernando Collor, em 1993. "Temos que dar um prazo para ela reagir, e se ela não conseguir reagir e dar novas oportunidades para a população brasileira, não há o que fazer".
Ele afirmou ainda que o desejo de governar o País, que resultou na candidatura do PSB no ano passado, se mantém para 2018, e por isso, a sigla "vai fazer de tudo" para ter um candidato como alternativa a PSDB e o PT.