As obras custarão R$ 7,8 milhões ao Tesouro do Estado, segundo superintendente adjunto do DER, engenheiro César Barreto Lima
FOTO: YAÇANÃ NEPONUCENA
O trânsito em ruas próximas ao canal, no Crato, está atualmente comprometido e prejudica moradores
A reconstrução do canal do Rio Granjeiro, que corta a sede do município do Crato, será executada em ritmo de urgência e envolverá recursos da ordem de R$ 7,8 milhões do Tesouro do Estado. A informação foi dada, na tarde de ontem, pelo superintendente adjunto do Departamento Estadual de Rodovias (DER), engenheiro César Barreto Lima, em audiência pública realizada na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará.
Segundo ele, naquele mesmo momento, o governador Cid Gomes se encontrava em reunião que discutia a liberação de recursos para obras e projetos previstos para o Ceará. "Agora, a reconstrução do canal será feita emergencialmente, enquanto não é providenciada uma obra definitiva para a região", adiantou, mas sem precisar data.
A previsão é de que projeto definitivo para a região envolveria de R$ 40 a R$ 60 milhões, podendo vir a incluir o alargamento da passagem das águas, a cobertura em concreto do canal ou, ainda, a construção de barragens para captar as águas que vêm das encostas da Serra do Araripe e vão para a bacia do rio. "Mas, no momento, não temos sequer um projeto dessa obra mais completa, que para ser feita levaria cerca de um ano ou até mais", admitiu.
No ano passado, comentou o morador do Crato, Ricardo Araújo, políticos e entidades da sociedade civil organizada conseguiram o compromisso do governo federal de que seriam liberados mais de R$ 4 milhões para a construção do canal do Rio Granjeiro. Mas foi liberada apenas a metade da verba prometida, através do Ministério da Integração, e a obra, feita em caráter emergencial. "Hoje, o trânsito das ruas está comprometido", citou, lembrando que os transtornos atingem os motoristas, moradores e comerciantes.
Já o coordenador da Defesa Civil, o coronel Hélcio Queiroz, informou que a primeira enxurrada aconteceu em 28 de janeiro de 2011, com uma chuva de 162 milímetros, alagando e destruindo o canal, com extensão de cerca de 800 metros. Neste ano, o canal, após ser reconstruído, desabou novamente com a chuva de 99 mm, em 5 de março.
Convocada pelo deputado Ely Aguiar, a audiência pública buscou soluções para o problema. "O teor das discussões será repassado ao governador".
MOZARLY ALMEIDAREPÓRTER