Os deputados do PROS no Ceará estão sendo cobrados por prefeitos e vereadores que vão disputar eleições no próximo ano sobre um posicionamento quanto à permanência ou ingresso em novas siglas. Segundo alguns parlamentares entrevistados pelo Diário do Nordeste, a tendência é que esses pré-candidatos ao pleito de 2016 deixem a sigla e se filiem a outro grêmio. No entanto, até o momento, nenhuma reunião foi realizada entre o presidente da legenda, Danilo Serpa, e os membros da sigla no Estado. Segundo informações dessas lideranças, eles estão aguardando o retorno do ex-governador Cid Gomes, que deve retornar de viagem pessoal em breve e, nos próximos dias, deve convocar reunião com o PROS para decidir o futuro da agremiação no Ceará. Segundo o deputado Odilon Aguiar (PROS), existe uma certa "temeridade" entre prefeitos e vereadores do PROS, já que o prazo para filiação com finalidade para disputar o pleito do próximo ano se encerra em pouco mais de três meses, o que tem causado ansiedade em gestores e lideranças políticas. Pela aproximação política de Odilon com a presidente do PSD, a prefeita de Tauá Patrícia Aguiar, o parlamentar defende que os correligionários se filiem à legenda. "Eu acho que não vai haver permanência no PROS, e temos que procurar alternativa partidária, porque o PROS tem dificuldades de tempo, e o presidente do partido tem que dar satisfação a cada um de nós. Os prefeitos e vereadores precisam de uma definição, e eles querem esse direcionamento para o PSD", diz. Preocupação Ele afirmou discutir essa possibilidade junto ao deputado federal Domingos Neto, que é líder do PROS na Câmara Federal. "Eu acho que esse é o caminho natural, mas, obviamente, isso só será decidido depois de termos conversado com o ex-governador Cid Gomes", aponta. O deputado Sérgio Aguiar (PROS), que tem maior liderança no Norte do Estado, afirmou que existe certa preocupação de alguns políticos em relação à decisão partidária. "Eles veem o prazo terminando e ficam ansiosos por novas filiações que serão determinantes para o próximo pleito. Esperamos que, no mês de julho, período em que teremos recesso parlamentar na Assembleia, possamos trabalhar estratégias para 2016", afirmou. De acordo com Antônio Granja (PROS), há uma situação desconfortável no partido por conta da ausência de reuniões para decidir os rumos do partido. Segundo ele, desde que o grupo político liderado por Cid Gomes ingressou no PROS, há problemas com a executiva nacional. Manuel Duca disse que nenhuma liderança do PROS no Estado foi chamada para tratar do assunto. Ele afirmou que alguns prefeitos e vereadores estavam aguardando o desenrolar da reforma política, mas o resultado das votações da Câmara Federal não deve influenciar nas decisões partidárias no Estado, acredita o parlamentar.