Deputados reforçaram, ontem, a necessidade de que a sociedade cearense se una em defesa da escolha de Fortaleza para a instalação do centro de conexões de voos (HUB) da Tam, também disputado por Recife e Natal. Segundo o presidente Zezinho Albuquerque (PROS), governador Camilo Santana se reunirá na próxima segunda-feira com representantes políticos e da sociedade civil para discutir o tema. O deputado Fernando Hugo (SD) ressaltou o papel da Assembleia em, da mesma forma como foi tratada a questão da refinaria Premium II e o combate às drogas, levar o debate do HUB à sociedade. "Teremos que ser cearenses e não opositores ou situacionistas. Queria que o povo cearense tomasse consciência de que essa Casa não deixa de dar atenção aos grandes assuntos do Estado. O HUB da Tam é luta dessa Casa", endossou. A deputada Rachel Marques (PT) acrescentou que o HUB aumentará entre 20% e 25% o numero de pousos e decolagens no aeroporto de Fortaleza, representando avanço para o turismo local. Já Audic Mota (PMDB) ponderou que, caso o empreendimento seja instalado em Fortaleza, não representará a redenção do Estado. "Não é nossa salvação, mas ajuda muito. Não vamos aceitar que isso seja vendido dessa maneira", pontuou. O líder do Governo na Casa, Evandro Leitão (PDT), destacou que a inclusão do Aeroporto Pinto Martins no Programa de Investimentos em Logística (PIL), do Governo Federal, é fundamental para que o Estado dispute o HUB em pé de igualdade com os demais estados. Concessões Evandro apontou que o governador anunciou a realização de estudos de concessões a outros equipamentos, como os aeroportos regionais do Cariri e de Jericoacoara, o Centro de Eventos, a linha sul do Metrofor e o Acquario Ceará. Ele ponderou que o regime de concessão não é o mesmo que privatização. Renato Roseno (PSOL) criticou a realização de um "debate semântico" por parte do Governo Federal e pelo Estado. "Por décadas, está pavimentado um caminho de transferência de ativos públicos para o setor privado, o que é privatização e, portanto, um erro", criticou. "Em momento de crise, a agenda é a mesma dos anos 90 que o governo Fernando Henrique Cardoso fez. Corte orçamentário, corte de direitos, privatização".