Em resposta às denúncias realizadas por hospitais filantrópicos e santas casas do Ceará durante audiência pública realizada na última segunda-feira (8), na Assembleia Legislativa, o coordenador de Urgência e Emergência da Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa), Alex Mont’Alverne, afirmou que tentou “contratar todos os leitos ociosos que a Santa Casa de Fortaleza tinha para amenizar a crise na saúde pública”.
A afirmação foi feita ontem, durante entrevista ao jornal O Estado. O coordenador disse que “na época não foi possível, porque, a princípio a Santa Casa ofereceu apenas 41 leitos”. Mont’Alverne acrescentou que depois “a Santa Casa ficou na possibilidade de disponibilizar mais dez leitos adicionais, mas acabou não dando certo”. Por outro lado, Alex Mont’Alverne lembrou que só agora a unidade ofereceu ao Governo do Estado esses leitos adicionais.
De acordo com ele, esses leitos estão dentro da negociação, mas que necessita de recursos que devem ser liberados pelo Ministério da Saúde. Esses leitos de fora, segundo Mont’Alverne, são chamados de leitos de retaguarda e estão dentro da negociação da expansão que o Ministério da Saúde autorizou. Ele detalhou que o Governo do Estado, para cobrir a carência, contratou leitos adicionais do Hospital Fernandes Távora e antecipou recursos para uma reforma desses leitos. “Por outro lado, nessa época, não recebeu a atualização de recursos do Ministério da Saúde. Se sair dinheiro para essa expansão de leitos, a área terá uma boa melhora”.
Fora do perfil
No entanto, o coordenador de Urgência e Emergência da Sesa, reconheceu que a pasta liberou recentemente mais de R$ 25 milhões e observou que os leitos ficaram ociosos, porque o perfil do paciente não se enquadrava com o tipo desse leito.
Ele informou, ainda, que o Governo do Estado continua aguardando a liberação de mais recursos do Ministério da Saúde que vão ser aplicados na ampliação da rede Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Do dinheiro que já chegou dessa pasta (R$ 25 milhões), R$ 18 milhões foram dedicados à rede de urgência das Unidades de Pronto Atendimento (Upas). Sobre a construção do hospital da Região Metropolitana, disse que já sendo feito contato com o Banco Mundial para o financiamento.