Mesmo que sejam recolhidas todas as 12 assinaturas necessárias, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH) teria de entrar na fila de pedidos que estão na frente. Entre eles, a CPI do Acquario, do deputado Audic Mota (PMDB).
No mês passado, ao colher todas as assinaturas necessárias para seguir com a proposta que investigaria a construção do empreendimento turístico, a oposição teve uma surpresa: três outras CPIs da base já haviam sido protocoladas, deixando a proposta de molho.
Pelo regimento interno da Assembleia, apenas duas CPIs podem funcionar concomitantemente.
As seguintes entram para lista de espera, que segue a ordem cronológica.
Com ampla maioria dos parlamentares da Casa, a base conseguiu rapidamente instalar CPIs próprias, o que barrou a investigação do oceanário.
Segundo a presidência da Assembleia, a continuidade dos processos dependeria da aprovação da procuradoria da Casa.O procedimento, que não consta no regimento da AL, atrasaria mais ainda novos pedidos de CPI, como a do ISGH.
Líder do governo na Assembleia Legislativa, Evandro Leitão (PDT) negou que tenha havido qualquer manobra política para impedir que a CPI do Acquario fosse adiante. (Isabel Filgueiras)
Saiba mais
Caso do Castelão
Em 2010, a oposição conseguiu as assinaturas necessárias para protocolar a CPI do Castelão, mas a proposta acabou sendo barrada por outros pedidos que estariam na fila.
CPIs na Casa
Até o momento, foram divulgados os pedidos de quatro CPIs desde o início da gestão Camilo Santana (PT).
Um delas é a proposta do aliado político Sarto Nogueira (Pros), que pede apuração de denúncias sobre fraudes no DPVAT (seguro de trânsito).
Drogas e prostituição
Também entraram na lista de espera as CPIs do Narcotráfico, da deputada Raquel Marques (PT), e da exploração sexual, da parlamentar Bethorose (PRT). Ambas foram protocoladas antes da CPI do Acquario, mesmo com data de criação mais recente.