As atenções de políticos e outros segmentos da sociedade cearense estão voltadas, neste início de semana, para a posição que adotará o Tribunal de Contas do Estado (TCE) em relação ao caso do conselheiro Teodorico Menezes, que retornou às suas atividades, na semana passada e gerou constrangimento para a Corte e para alguns deputados estaduais cearenses.
O conselheiro estava afastado desde julho do ano passado, por decisão própria, logo depois de ter sido citado como envolvido no desvio de recursos públicos estaduais para a construção de kits sanitários em residências de famílias de baixa renda no Interior do Estado.
Com a sua decisão de voltar, na semana passada, tanto a Corregedoria do TCE quanto o próprio Ministério Público estadual se apressaram em adotar providências que são de suas competências e ainda não haviam sido adotadas ao longo dos nove meses do início do escândalo.
Os responsáveis pelo inquérito do desvio de recursos para a construção dos kits sanitários no Ministério Público estadual comunicaram a um grupo de deputados estaduais ter sido concluída a investigação e que dentro de dez dias, a partir da última sexta-feira, a Assembleia receberia uma cópia de todo o processo de investigação e à Corregedoria do TCE já seriam antecipadas as peças para que ela agilize as providências no campo administrativo, na Corte.
Corregedor
O inquérito, em razão do envolvimento do conselheiro Teodorico Menezes será também encaminhado ao Ministério Público federal, em Brasília, em razão de o conselheiro ser julgado no Superior Tribunal de Justiça.
No TCE, a discussão é sobre o modo de proceder o afastamento de Teodorico. Edilberto Pontes, corregedor do TCE, mesmo antes de receber os documentos do Ministério Público, admitia ter elementos para solicitar à Corte, o afastamento dele.