Quando a presidente Dilma, em seu discurso de posse para o novo mandato, num assomo de entusiasmo, prometeu fazer do Brasil a “Pátria Educadora”, houve quem aceitasse como viável esse sonho. Quem não desejaria? Mas, talvez, no seu íntimo, ela mesma sentisse tratar-se de mais uma utopia, dada a situação caótica a que chegou o setor, após décadas de erros devastadores em sequência. Dilma, com certeza, tem consciência de que o ensino, como está funcionando o Brasil, é um dos piores do mundo. O economista Cláudio de Moura Castro, colunista da “Veja”, assegura que é o pior. Também pudera. Segundo instituições como a UNESCO, órgão da ONU para essa atividade, o Relatório de Monitoramento Global da Educação para Todos, revela que, no Brasil, há notas de baixa qualidade, desde o curso básico até o superior, passando pelo médio. Sobre esse último, por conta de suas regras e formato, não há registros de pior nível entre os demais países. Trata-se de uma situação de difícil reversão. É problema saber-se por onde começar a analisar as causas dessa situação lastimável. Os péssimos cursos básicos “despreparam” alunos do ensino médio, que fornece candidatos de péssimo nível às universidades. Neste círculo vicioso, um aluno medíocre do ensino médio, será um universitário igualmente medíocre, que será um “doutor de meia tigela”, a quem caberá ensinar adolescentes e jovens. Os congressistas, a quem cabe elaborar e defender projetos salvadores para o ensino brasileiro preferem aprovar disciplinas aos montes, para satisfazer a grupelhos políticos. Só um milagre, e grande, dará rumo à nossa Educação.
Tá muito longe! Na Assembleia Legislativa, a deputada Fernanda Pessoa (PR), surpreendeu, ao revelar que o Hospital João Alísio Holanda, de Maracanaú, salva vidas de mais sete municípios, em troca de R$ 225 mil do estado. Para um atendimento de qualidade, o hospital necessita de pelo menos R$ 7 milhões!...