O LADO BOMA fala dos postulantes derrotados confirma a mobilidade urbana como principal acerto da atual gestão municipal – embora façam ressalvas importantes. Dos seis candidatos que responderam às indagações, quatro apontaram ações de mobilidade como aquilo que fariam igual. Ou quase isso. Elmano de Freitas (PT) ressaltou os corredores exclusivos, que destacou como continuidade do trabalho da ex-prefeita Luizianne Lins (PT). Renato Roseno (Psol) mencionou ciclofaixas. Heitor Férrer (PDT) e Inácio Arruda (PCdoB) salientaram ambas.
Francisco Gonzaga (PSTU) não apontou nada de positivo. E Valdeci Cunha (PRTB) tratou da área de saúde e destacou a reforma dos postos e a melhoria dos equipamentos técnicos e das condições de recepção aos pacientes, como aparelhos de ar condicionado, assentos e TVs. Porém, ele aponta a urgência de contratar mais médicos e enfermeiros, não faltar medicamentos e qualificar o atendimento, de forma mais humanizada.
O LADO RUIMA menção à saúde como destaque, em que pesem as graves ressalvas apresentadas, são interessante ponto de divergência entre os candidatos. No geral, a saúde foi o ponto que mais mereceu reclamações. Renato Roseno e Gonzaga criticam a gestão da saúde, feita por meio do Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH). Ambos reclamam da “terceirização” e “privatização” da saúde, por meio do ISGH. Roseno reclama da falta de concurso público e dos frágeis vínculos empregatícios e do desrespeito a direitos trabalhistas. Heitor critica a falta de assistência primária e a falta de medicamentos e profissionais.
Além da saúde, a outra crítica mais recorrente é à concentração de ações nas áreas mais ricas e à falta de intervenções na periferia. Elmano aponta esse como o principal problema. Heitor, ao elogiar as políticas de mobilidade, faz a ressalva de se darem em poucos bairros. Roseno, defensor das ciclofaixas, pede uma lógica diferente, com prioridade às periferias, onde bicicletas são usadas principalmente para ir ao trabalho.
Valdeci, novamente aí, aponta questão diferente dos demais: a ausência de plano de qualificação profissional para jovens nos bairros. E Inácio não indica nada que faça diferente. Os principais tópicos sinalizam claramente alguns temas que devem dominar a próxima eleição – ou pelo menos estariam na crista da onda se a eleição fosse hoje: mobilidade, saúde e as políticas para periferia.