Picuinha
O ex-governador e ex-ministro Cid Gomes tem sido vítima de um noticiário maldoso, cujo objetivo é destruir a imagem positiva do jovem homem público, com larga folha de serviços prestados à coletividade. O caso da ocupação temporária da Casa do Governo do Estado em Brasília por parte do então empossado Ministro da Educação rendeu farto noticiário amplificado, como se a ocupação parcial do imóvel por parte de um ministro, em pleno exercício do cargo, constituísse crime de lesa pátria. O governador Camilo, com uma só cajadada, definiu bem o assunto: não tenho tempo para cuidar de picuinha. Não satisfeita com a primeira derrota, a grande imprensa vai à forra e descobre outro "grave crime": Cid seria funcionário da Assembleia Legislativa do Ceará, onde ocupa o cargo de engenheiro, e onde teve ingresso no ano tal, ganhando tanto, e tendo por isso agora de optar por licença não remunerada, férias não gozadas, retorno ao trabalho ou, simplesmente, solicitar exoneração do cargo. Quanta baixeza de certa gente, sempre à busca de enxovalhar a honra alheia, de diminuir os méritos do outro. Arautos da moralidade pública, não veem a trave nos próprios olhos. Agem por inveja, por ciúmes e interesses contrariados.
Político de grandes voos, com larga folha de serviços, o futuro lhe sorrirá por certo. Cid Gomes cresceu ao apontar o dedo em riste para o presidente, deputado Eduardo Cunha, e não se desdisse na Câmara Federal, transformada naquele dia em Pretório, com sentença pronta. Foi mais um cearense macho a cair de pé. O resto é pura picuinha, como disse o governador Camilo Santana.
Eduardo Fontes
Jornalista e administrador