O AFASTAMENTO DO EX-PARTIDO “ALTERNATIVO”É sintomática a saída do PSD do bloco partidário formado com PT, Pros e Solidariedade. Esse é o eixo central da aliança governista na Assembleia Legislativa, embora a base aliada seja bastante ampliada em relação a esse núcleo principal. O PSD não rompeu com o governador Camilo Santana (PT), longe disso. Mas não há mais o mesmo nível de afinidade de uma sigla que já foi praticamente um anexo do Palácio da Abolição.
Seu presidente no Estado é Almicyr Pinto, que durante o período de Cid Gomes (Pros) foi o chefe de gabinete adjunto do governador. O partido foi fundado em 2011 e, no Ceará, foi inchado mediante a atração de parlamentares filiados ao PSDB que queriam permanecer aliados ao Poder Executivo, depois que, no ano anterior, Tasso Jereissati foi para a oposição. O PSD chegava a ser, no todo, mais fiel ao Governo do Estado que o próprio PSB, que na época era o partido de Cid, mas que enfrentava profundas divisões internas, com a dissidência dos irmãos Novais.
O papel que cumpria na base governista era o de legenda “alternativa” ou “acessória” do governo. Servia para acomodar divergências locais, quando grupos aliados à administração estadual estavam divididos em determinado município e disputavam a prefeitura. E, com a regra da fidelidade partidária e na condição de partido recém-criado, naquele momento serviu para viabilizar a troca de partido por deputados que temiam perder o mandato.
Hoje o partido, inclusive, ocupa espaço no secretariado de Camilo Santana. Tem Osmar Baquit, deputado estadual licenciado e secretário da Pesca. A propósito, o mais entusiasmado na comitiva que foi acompanhar a sessão da Câmara dos Deputados que custou a Cid Gomes o Ministério da Educação. Foi retirado das galerias pela Polícia Legislativa.